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Publicado em setembro-outubro de 2024 - ano 65 - número 359 - pp. 12-19

Quem é o verdadeiro pastor? Uma leitura de Ezequiel 34,1-16

Por Maria Antônia Marques*

O artigo apresenta uma reflexão sobre Ez 34,1-16. Por meio da metáfora do pastoreio, o sacerdote-profeta denuncia os pastores/governantes de Judá por suas injustiças e exploração e anuncia que o próprio Deus irá pastorear seu povo segundo a justiça e o direito.

 

O livro do profeta Ezequiel testemunha os últimos acontecimentos do Reino de Judá, a queda de Jerusalém, o período do exílio e as propostas de restauração. Ezequiel era um sacerdote do templo, formado na escola de Jerusalém, segundo os princípios da casa davídica. De acordo com suas convicções, o rei deveria promover a justiça e o direito. O sacerdote-profeta foi levado para a Babilônia, em 597 a.C., com o rei Joaquin, a família do rei, o grupo dirigente e alguns notáveis (JENSEN,  2006, p. 190). Na Babilônia, em Tel Abib, ele se torna profeta. Seus oráculos são datados entre 593 e 571 a.C. (Ez 1,1; 29,17).

Neste artigo, vamos refletir sobre o capítulo 34,1-16: denúncia contra os pastores de Israel, provavelmente escrito depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Para melhor compreender essa condenação dos pastores de Israel, começaremos buscando entender o papel do pastor no Antigo Oriente e, em seguida, comentaremos o texto e sua aplicação no Evangelho de João 10 e para nossos dias.

1. Entendendo a função do pastor

No Antigo Oriente, a imagem do pastor e sua função eram conhecidas por todos. O pastor conduz os rebanhos tanto para as pastagens como para a água. Ele os conduz também ao abrigo, por ocasião do mau tempo, e os defende dos animais de rapina e dos bandidos. Relatos mostram haver uma relação íntima e especial entre o pastor e seu rebanho: “Ele (pastor) chama cada uma de suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Depois que levou todas as suas ovelhas para fora, ele caminha na frente delas; e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10,3-4).

O título de pastor era aplicado aos reis e aos deuses no Antigo Oriente. Na Assíria e na Babilônia, era uma atribuição dada aos governantes, cujo dever era conduzir seu povo como pastor sábio e humilde. A imagem do pastor também era usada para as divindades. Por exemplo, na religião do Egito, que era politeísta e dominava todos os aspectos sociais egípcios, Khnum, representado por um homem com a cabeça de um carneiro, era deus pastor e das nascentes e das cheias do rio Nilo.

Em Israel, o título de pastor era dado aos dirigentes, como os anciões e juízes, autoridades do povo: “Em todo o tempo que andei com todos os filhos de Israel, acaso falei uma palavra a um dos chefes de Israel, que estabeleci apascentar (como pastor) a meu povo Israel […]?” (2Sm 7,7-8). Nos últimos anos da monarquia, o título de pastor era diretamente atribuído aos reis. No desastre nacional (597-587 a.C.), por exemplo, os profetas aplicaram o título de pastor aos governantes das nações inimigas que invadiram e destruíram Judá:

Gemam, pastores, gritem! Rolem na poeira, chefes do rebanho! Pois chegou para vocês o dia da matança, o dia de serem expulsos um para cada lado. Vocês cairão como carneiros escolhidos. Não há escapatória para os pastores, nem saída para os chefes do rebanho. Ouçam os gritos dos pastores, o urro dos chefes do rebanho! Porque Javé destruiu suas pastagens. Os prados tranquilos foram devastados, por causa da ardente ira de Javé (Jr 25,34-37).

2. Condenação dos profetas aos governantes

Os profetas aplicaram o título de pastor também aos governantes de Judá, reprovando-lhes o mau cumprimento de suas funções de pastor:

Ai dos pastores que destroem e dispersam o rebanho na minha pastagem – oráculo de Javé. Por isso, assim diz Javé, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam meu povo: Vocês dispersaram e expulsaram minhas ovelhas e não se preocuparam com elas. Pois agora sou eu que vou pedir contas a vocês do mal que praticaram – oráculo de Javé (Jr 23,1-2).

Os profetas acusam os últimos governantes de maus pastores. Em vez de apascentar o rebanho, os pastores de Judá exploraram o povo e causaram guerra, destruição e exílio, por causa da cobiça do poder e da riqueza, pondo os exilados em uma situação de desolação: “Os pastores perderam o bom senso e deixaram de procurar Javé. Por isso não tiveram sucesso, e o rebanho que eles conduziam se espalhou. Ouçam o barulho que avança com grande estrondo lá da terra do norte. Ele vem fazer das cidades de Judá um lugar arrasado, um abrigo de chacais” (Jr 10,21-22).

Em meio a essa realidade de sofrimento e abandono no exílio, Javé mesmo é chamado de pastor que resgata, protege e conduz os exilados para sua terra santa:

“Eu (Javé) mesmo vou reunir o resto de minhas ovelhas de todas as terras para onde eu as tinha expulsado. Vou trazê-las de volta para seus currais, para que cresçam e se multipliquem” (Jr 23,3).

“Como um pastor, ele (Javé) cuida do rebanho, e com seu braço o reúne. Leva os cordeirinhos no colo e guia mansamente as ovelhas que amamentam” (Is 40,11).

Salva o teu povo e abençoa a tua herança, apascenta-o e conduze-o para sempre! (Sl 28,9).

O próprio Javé se apresenta como pastor que juntará as ovelhas dispersas, para conduzi-las ao mais alto dos montes de Israel, a cidade santa de Jerusalém. Ele é o pastor da restauração que reúne as ovelhas exiladas e sofridas, as conduz à sua própria pastagem, cuida das feridas, apascenta-as e as acolhe: “Ainda que eu caminhe por vale tenebroso, não temerei mal nenhum, porque tu estás junto a mim; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo. Preparas a mesa para mim, diante dos meus inimigos; unges minha cabeça com perfume, e minha taça transborda” (Sl 23,4-5).

Javé, o bom pastor, é descrito em Ez 34,1-16 com riqueza de detalhes. No meio da destruição, do exílio e do sofrimento do povo, há forte denúncia contra os últimos pastores governantes de Judá por seus crimes. O profeta anuncia que o pastor será substituído e o próprio Javé, como bom pastor, resgatará e conduzirá seu povo.

3. Ez 34,1-16: Javé, bom pastor, resgata e conduz seu povo

 A injustiça praticada pelos últimos governantes de Jerusalém teve como consequência violência, roubo, exploração dos pobres, opressão dos fracos – assim denuncia Ezequiel (22,1-31). A função dos governantes era liderar o povo para a realização do projeto de Deus na justiça e na fraternidade, mas, por causa da cobiça do poder e da riqueza, eles foram infiéis à sua missão.

Ezequiel 34 evidencia a traição dos governantes, utilizando-se da imagem de maus pastores: “A palavra de Javé veio a mim nestes termos: ‘Filho do homem, profetize contra os pastores de Israel, dizendo: Assim diz o Senhor Javé: Ai dos pastores de Israel que são pastores de si mesmos! Não é do rebanho que os pastores deveriam cuidar?’” (34,1-2). O uso da metáfora de pastor é aplicado aos governantes da monarquia davídica, e o povo é o rebanho.

A função do pastor é cuidar das ovelhas, fornecer alimento e água e afastar os perigos. Porém, os governantes apascentam a si mesmos e se preocupam somente com sua riqueza, bem-estar e mordomia: “Vocês bebem o leite, vestem a lã, sacrificam as ovelhas gordas, mas não cuidam do rebanho” (34,3). É a mesma mordomia dos governantes, já denunciada pelo profeta Amós há quase dois séculos: “Deitam-se em camas de marfim. Esparramam-se em cima de sofás, comendo cordeiros do rebanho e novilhos cevados em estábulos. Bebem canecões de vinho, usam os mais caros perfumes, sem se importar com a ruína de José” (Am 6,4.6).

4. Ai dos pastores de Israel!

 Os pastores governantes, em vez de cuidarem de suas ovelhas, praticam opressão e violência contra elas: “Vocês não procuram fortalecer as ovelhas fracas, não curam as que estão doentes, não tratam as feridas daquelas que sofrem fratura, não trazem de volta aquelas que se desgarraram e não procuram aquelas que se extraviaram. Pelo contrário, vocês dominam sobre elas com violência e opressão” (34,4). Esse versículo sintetiza a denúncia contra os pastores. Os mesmos termos são utilizados pelo profeta Habacuc na crítica contra os últimos reis de Judá: “Por que me fazes ver o crime e contemplar a injustiça? Opressão e violência estão à minha frente; surgem processos e se levantam rixas” (Hab 1,3).

São exatamente os governantes de Jerusalém, que deveriam cuidar do povo, os acusados de exploradores do povo. Em vez de promoverem e fortificarem Judá a serviço do povo, eles, por sua política militarista, ambiciosa e desastrosa, causaram a ruína e o exílio à nação. Para o grupo de Ezequiel, a infidelidade, a violência e a opressão dos governantes da monarquia davídica provocaram a ira e o castigo de Deus: o desastre nacional.

A aliança entre Javé e seu povo foi quebrada por causa da falsidade e da ambição dos pastores, provocando a dispersão das ovelhas: “Por falta de pastor, minhas ovelhas se espalharam e se tornaram pasto de feras selvagens. Minhas ovelhas se espalharam e vagaram sem rumo pelos montes e morros. Minhas ovelhas se espalharam por toda a terra, e ninguém as procura para cuidar delas” (34,5-6; cf. Is 42,22).

O profeta continua a salientar os descuidos dos pastores governantes com seu povo:

“Por isso, vocês, pastores, ouçam a palavra de Javé: Juro por minha vida – oráculo do Senhor Javé: Minhas ovelhas se tornaram presa fácil e servem de pasto para as feras selvagens. Elas não têm pastor, porque meus pastores não se preocupam com meu rebanho; ficam cuidando de si mesmos, em vez de cuidarem do meu rebanho” (34,7-8).

Mostrar Javé fazendo um juramento indica que a situação é muito séria. Os maus pastores, em vez de servirem as ovelhas, preocupam-se exclusivamente com seus próprios interesses e vantagens. Como resultado, as ovelhas são feridas e mortas pelas feras selvagens. Ou seja, o povo é derrotado, morto e deportado pelos invasores em 597 e 587 a.C.

5. Javé reprova os maus pastores

Após denunciar os crimes dos pastores e a situação das ovelhas, Javé anuncia a condenação contra os governantes de Jerusalém:

“Por isso, pastores, ouçam a palavra de Javé! Assim diz o Senhor Javé: Vou me colocar contra os pastores. Vou pedir contas a eles sobre meu rebanho, e não deixarei mais que eles cuidem do meu rebanho. Desse modo, os pastores não ficarão mais cuidando de si mesmos. Eu lhes arrancarei da boca as minhas ovelhas, e elas não servirão mais de pasto para eles” (34,9-10).

Há uma mensagem clara e repetida: Deus posiciona-se contra a autoridade que toma conta de si mesma, e não do bem-estar do povo.

Agora, diante da situação sofrida do povo sem pastores, Javé mesmo irá intervir e juntar as ovelhas espalhadas, como bom pastor:

“Assim diz o Senhor Javé: Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas para cuidar delas. Como o pastor conta seu rebanho quando está no meio de suas ovelhas que se haviam dispersado, eu também contarei minhas ovelhas e as reunirei de todos os lugares por onde se haviam dispersado, nos dias nebulosos e escuros. Eu as retirarei do meio dos povos e as reunirei das outras terras, e as trarei de volta para sua própria terra. Aí, eu próprio cuidarei delas como pastor, nos montes de Israel, nos vales dos córregos e em todas as regiões habitáveis da terra” (34,11-13).

A expressão “dias nebulosos e escuros” designa o dia de Javé, a dispersão causada pela invasão e exílio de Judá em 597 a.C. e pela sua destruição e exílio em 587 a.C.: “Judá foi para o exílio, humilhada e em dura escravidão; foi habitar entre as nações, onde não encontra mais repouso” (Lm 1,3).

Javé é o verdadeiro pastor do povo ferido e exilado; reúne os perdidos, conduze-os à sua própria pastagem, cura suas feridas, guarda-os no direito:

“Vou levá-las para pastar nas melhores invernadas, e seu curral ficará no mais alto dos montes de Israel. Aí elas poderão repousar em curral bom, e terão pastos abundantes sobre os montes de Israel. Eu mesmo conduzirei minhas ovelhas – oráculo do Senhor Javé. Procurarei aquela que se perder, trarei de volta aquela que se desgarrar, curarei a que se machucar, fortalecerei a que estiver fraca. Quanto à ovelha gorda e forte, eu a guardarei. Apascentarei conforme o direito” (34,14-16).

Em relação à expressão “quanto à ovelha gorda e forte, eu a guardarei”, outra versão seria: “a ovelha gorda, a ovelha forte, eu a eliminarei”. A frase deve ser traduzida e interpretada à luz dos versículos seguintes (34,17-22), em que se trata da atitude das ovelhas umas para com as outras. As ovelhas gordas, que não seguem a justiça de Deus e exploram o povo, buscando seus próprios interesses, serão eliminadas da comunidade restaurada pelo próprio pastor Javé (cf. Mt 25,32-33).

A leitura de Ez 34,1-16 confirma que Javé, o bom pastor, resgatará seu povo e o trará de volta à sua terra, Judá, restabelecerá seu reino sobre os “montes altos”, ou seja, Jerusalém, no qual ele próprio reinará e guardará suas ovelhas no “direito” (justiça e ordem).

6. “Eram como ovelhas sem pastor”

O alerta de Ezequiel 34 aos maus pastores continua válido para todas as situações nas quais os pastores buscam seus próprios interesses e privilégios. Em meio à realidade de opressão, perseguição e sofrimento, a comunidade do Evangelho de João deseja ser conduzida por Jesus, o Bom Pastor. De acordo com sua visão, o bom pastor deve cultivar um relacionamento de amor e de proximidade com suas ovelhas: “as ovelhas ouvem a sua voz; ele chama cada uma de suas ovelhas pelo nome” (Jo 10,3; cf. Jo 20,16).

O bom pastor deve proteger e conduzir suas ovelhas: “Depois que levou todas as suas ovelhas para fora, ele caminha na frente delas; e as ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz” (Jo 10,4). O líder deve conduzir, apascentar e proteger a vida do povo, e não abandoná-lo na dificuldade, em vista de seu próprio proveito. O bom pastor deve ser passagem – a porta – para novas pastagens. Os pastores e pastoras que seguem Jesus são aqueles que entram pela porta da gratuidade, da partilha e da justiça, que faz brotar a vida.

 Os maus pastores, em vez de servirem as ovelhas, preocupam-se exclusivamente com seus próprios lucros e interesses (Ez 34,7-8). Enquanto os governantes do império e os judeus fariseus, chamados de “ladrão e assaltante” (Jo 10,1), se ocupam apenas com seus próprios interesses, a missão de Jesus como pastor está a serviço da vida plena da humanidade, com o amor e a fraternidade (Jo 13,1-15). Um amor capaz de amar até a ponto da entrega da própria vida em vista de vida em abundância (Jo 10,10).

Ouvir a voz do Pastor é engajar-se no mesmo projeto. É comprometer-se com o projeto da justiça imortal até o fim: “Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. Eu dou vida eterna para elas, e elas nunca morrerão. Ninguém vai tirá-las da minha mão” (Jo 10,27; cf. Sb 1,13-15). Lembremos sempre que viver a fé no Bom Pastor Jesus Cristo é fazer-nos próximos uns dos outros e ocupar-nos das necessidades urgentes e inadiáveis de quem sofre.

Deus e Jesus: espelhos para a liderança cristã

 Os princípios de pastoreio apresentados por Ezequiel 34 e retomados pelo Evangelho de João são válidos para todos os tempos. Trata-se de leitura que provoca uma revisão de como estamos exercendo nossa liderança. Olhamos com dor e tristeza nossos governantes civis, que, muitas vezes, exploram o povo de acordo com seus interesses. É ainda muito pior quando vemos nossos líderes – bispos, padres e pastores – envolvidos em escândalos ou acomodados, preocupados unicamente com seu bem-estar social e econômico.

Qual a forma ideal para uma liderança cristã? É sempre um desafio. Acima de tudo, é preciso cultivar uma mística de encontro com Deus e com nossas irmãs e irmãos. É preciso conhecer bem a realidade das pessoas com as quais estamos comprometidos. Usando da metáfora de Ezequiel e João, é preciso apontar novas pastagens para as ovelhas. Somos chamadas e chamados a defender e promover a vida humana em todas as suas dimensões, assumindo o mesmo projeto de Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

É importante que uma liderança cristã seja capaz de entrega, doação de si e compaixão. Compadecer-se é sentimento que se expressa em gestos concretos. Outro elemento fundamental para ser bom pastor ou boa pastora é a capacidade de relacionamento, percebendo cada pessoa em sua realidade concreta. Abrir a mente e o coração para todas e todos.

Infelizmente, em nossa sociedade, ainda presenciamos muita falta de empatia com pessoas anciãs, com os sem-teto, doentes, estrangeiros, LGBTQIA+. O cuidado deve se estender a todas e a todos. Ninguém é excluído. Que Deus, o bom pastor, nos dê a capacidade de “apascentar conforme o direito” (Ez 34,16).

Referências bibliográficas

BÍBLIA TRADUÇÃO ECUMÊNICA. São Paulo: Loyola, 1989.

BLENKINSOPP, Joseph. Ezekiel. Louisville: John Knox Press, 1990. (Interpretation: a Bible commentary for teaching and preaching).

DARR, Katheryn P. The book of Ezekiel: commentary and reflections. In: KECK, Leander E. et al. The new interpreter’s Bible. Nashville: Abingdon Press, 2001. v. 6.

DIETRICH, Luiz J.; NAKANOSE, Shigeyuki (org.). Uma história de Israel: leitura crítica da Bíblia e arqueologia. São Paulo: Paulus, 2022.

JENSEN, Joseph. Dimensões éticas dos profetas. São Paulo: Loyola, 2006.

NOVA BÍBLIA PASTORAL. São Paulo: Paulus, 2014.

SICRE, José Luis. Com os pobres da terra: a justiça social nos profetas de Israel. Santo André: Academia Cristã; São Paulo: Paulus, 2015.

Maria Antônia Marques*

*é assessora do Centro Bíblico Verbo e professora no Instituto São Paulo de Estudos Superiores (Itesp). E-mail: [email protected]