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Publicado em novembro-dezembro de 2023 - ano 64 - número 354 - pp.: 20-27

Literatura dos afetos em Clarice Lispector

Por Aléxia Fernanda Lourenço Lopes*

A literatura de Clarice Lispector tem excepcional nível de qualidade narrativa, o que lhe confere um papel importante na cultura brasileira e no exterior. Este artigo tem como objetivo proporcionar uma reflexão sobre os afetos na linguagem literária da escritora. Para isso, será abordado o conto “Amor”, do livro de contos Laços de família. Os elementos da teoria dos afetos de Espinosa serão tematizados como introdução aos afetos presentes no referido conto.

 

1. Afetos sob o olhar de Espinosa

Um dos elementos com base nos quais se pode diferenciar a espécie humana de outras é a racionalidade. A espécie humana, ao adquirir a consciência de si, desenvolve a inteligência e a capacidade de sobrevivência, construindo mecanismos que buscam vencer a morte. Porém, além do próprio ato de pensar sobre sua existência, o ser humano, em suas relações com o mundo que o rodeia, também experimenta emoções e sentimentos, como medo, raiva, alegria, esperança, segurança e humildade. A vida dos seres humanos está envolvida pelos afetos.

O pensador holandês Baruch de Espinosa, nascido no ano de 1632, pensa a vida afetiva não em termos de paixões, mas sim de afetos, valorizando as ações dos seres humanos em sua capacidade de afetar e serem afetados no cotidiano. Assim,  em seu entendimento, é preciso conhecer os efeitos dos afetos entre nós – o que nos afeta e como somos afetados –,
pois, dessa forma, saberemos como buscar a alegria e a potência de viver. O referido filósofo define as afecções da seguinte forma: “O corpo humano pode ser afetado de numerosas maneiras pelas quais a sua potência de agir é aumentada ou diminuída” (ESPINOSA, 1991, III, post. 1). Os afetos são sentimentos de aumento ou diminuição da nossa potência. Interagem com o corpo e, de acordo com a relação que mantêm com ele, podem aumentar nossa potência, por meio das grandes entidades afetivas – alegria e amor –, ou diminuí-la, com a tristeza e o ódio (GIACOIA, 2018).

Nesse sentido, um corpo é tanto mais potente quanto mais é capaz de se relacionar de diversas maneiras e de perceber e conhecer as coisas ao seu redor. Isto é, o “corpo é tanto mais ativo quanto mais pode ser afetado distintamente, pois, na medida em que ele ‘se deixa afetar’, seu campo de conhecimento e, portanto, de ação e reação se expande, e com isso a possibilidade de padecer é menor” (JESUS, 2015, p. 172). De acordo com o pensamento espinosano, a potência do ser humano está na ação que produz para afetar e ser afetado de inúmeras maneiras.

O poder de afetar e ser afetado é um dos aspectos mais importantes da teoria do pensamento de Espinosa. A experiência dos afetos está no âmago da ficção de Clarice Lispector: por exemplo, quando uma de suas personagens (Ana, no conto “Amor”) adentra as profundezas do Jardim Botânico, vivencia os “instantes” do “trabalho secreto” que se descobrirá no jardim. Sendo assim, a literatura clariceana tenta desvendar a vida selvagem por meio da potência dos afetos, no impulso desejante de sentir a “própria coisa”.

2.  Clarice das emoções

A escrita literária de Clarice Lispector vai mais além do que uma recriação da imaginação. A experiência de ler Clarice é radical, pois sua escrita migra, sem desvios, direto ao sentir. Seus personagens são dotados de poder de percepção pelo qual sentem profundamente a contradição, a complexidade e a introspecção da vida. A poderosa narrativa da escritora faz um traçado que busca o quê das “coisas” e traz à tona as complexas emoções humanas, diante do “coração ardente de cada vibração” (LISPECTOR, 2019, p. 85) do sentir. Dessa forma, Clarice Lispector analisa as fronteiras de suas emoções, reflexões e questionamentos.

Segundo Freitas, o “sentir nos extremos”, encontrado nas personagens de Clarice, está presente também na intensidade da escritora, no seu singular processo criador e em suas reflexões existenciais, que se expressam em sua narrativa. Eis um traço importante da escrita ficcional de Clarice: vários dos seus personagens são acometidos subitamente, em seu cotidiano, por “estados de epifania”, descobertas existenciais, despertar do sentido da vida, que “atingem o plano da transcendência” (FREITAS, 2017, p. 42).

Há um forte papel das emoções na literatura de Lispector. De acordo com Benedito Nunes, “autoconhecimento e expressão, existência e liberdade, contemplação e ação, linguagem e realidade, o ‘eu’ e o mundo, conhecimento das coisas e relações intersubjetivas, humanidade e animalidade” (NUNES, 1989, p. 99) são características marcantes na ficção clariceana. Desse modo, os sentimentos de inquietude, angústia, introspecção, excesso, intensa reflexão, transgressão, até a “coisa” que não se explica, estão presentes em sua escrita: “Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. […] Sinto que sou muito mais completa quando não entendo” (LISPECTOR, 2018, p. 197). É precisamente neste lugar que a literatura de Clarice Lispector nos coloca: no mais forte das emoções, que afetam o corpo e a alma.

No tocante a essa questão-chave do universo clariceano, a crítica literária Yudith Rosenbaum faz uma associação significante entre a ocorrência da “epifania” na escrita de Clarice e os sentimentos fortes que acompanham a obra e a vida da autora. Ela destaca que Clarice Lispector

é uma escritora que se dedicou a uma busca interminável: a representação do indizível, ou seja, do que não se pode representar em palavras dentro do código convencional da linguagem. Esse desafio – dizer o que é impossível de dizer – fez dela uma escritora atormentada e simultaneamente fascinada pelas descobertas que o exercício da escrita lhe reservava. […] Seu mundo era o das entrelinhas, dos sussurros, da introspecção, das epifanias em meio ao cotidiano, das questões metafísicas, além e aquém da realidade prosaica. Sua prosa mirava algo que não se entregava ao olhar realista; seus objetos se situavam no escuro, fora da zona iluminada pela razão instrumental (ROSENBAUM, 2007, p. 21).

Entretanto, é importante ressaltar que o conceito de epifania está nas entrelinhas, nos enredos, no processo de criação literária de Clarice. Nas palavras de Rosenbaum, os textos clariceanos “atestam de forma indiscutível” a experiência visceral, de vida e morte, dessa escritora ucraniana refugiada, judia, brasileira, nordestina, carioca e estrangeira. Com efeito, as manifestações afetivas das personagens em estados extremos, que se desdobram em “náusea”, “vertigem”, “crise”, “cólera”, fazem que o leitor navegue em sensações antagônicas “da vertigem do desamparo ao êxtase das epifanias” (ROSENBAUM, 2004, p. 261).

Na busca do impossível de sentir em palavras, Clarice permeia paradoxos, fica à procura de palavras exatas que não existem, adentra na infinita complexidade interior de suas personagens, na tentativa de manifestar o pensamento das emoções em sua singular linguagem literária. A obra de Lispector evidencia “uma travessia tão perigosa e fascinante para o leitor” (ROSENBAUM, 2004, p. 261).

Para Georges Didi-Huberman, filósofo francês e historiador da arte, a escrita de Clarice se inscreve, de maneira vertical, no sentido do movimento do pensamento das emoções: “seja ele ascendente ou de avalanche, vale a pena porque ele é, antes de tudo, movimento” (DIDI-HUBERMAN, 2021, p. 11). O pensamento das emoções clariceano rompe com a horizontalidade, com a monotonia, com a fixidez. Portanto, Didi-Huberman concebe o pensamento, a escrita, as emoções de Clarice em constante movimento, “um emaranhado de ramificações e extensões imprevisíveis: como a própria vida” (DIDI-HUBERMAN, 2021, p. 34).

Nessa perspectiva, o erudito francês constata um pensamento sobre a própria escrita de Clarice Lispector, que ultrapassa a escrita ficcional e gera um pensamento movente, pelo qual a escritora escreve “a emoção dos seus pensamentos e seu pensamento das emoções” (DIDI-HUBERMAN, 2021, p. 8). Com isso, Didi-Huberman insere tal escrita no universo da emoção que move o pensamento da escritora. É nesse sentido que ele o nomeia “vertical das emoções”, um “processo orgânico”, vindo da força de um vegetal, “um caule que continua a subir, uma raiz que não para de se aprofundar” (DIDI-HUBERMAN, 2021, p. 14).

Podemos observar o pulsar das emoções em Clarice nas crônicas que escrevia no “Caderno B” do Jornal do Brasil de 1967. Lá ela delineia traços do seu cotidiano, configurados também no dia a dia dos seus leitores. A arte de pensar se relaciona com o ato de divertir-se, “e eis que inesperadamente o brinquedo é que começa a brincar conosco” (LISPECTOR, 2018, p. 13). Revela seu afeto pela máquina de escrever, mediante a qual, com as pontas dos dedos, datilografava escritos: “Corre bem, corre suave. Ela me transmite, sem eu ter que me enredar no emaranhado de minha letra. Por assim dizer provoca meus sentimentos e pensamentos” (LISPECTOR, 2018, p. 71). Emoções que se movem pela própria vida e se exprimem pelas lágrimas. O olhar e sentir o mundo, em que “há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem”; é preciso, porém, “respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito” (LISPECTOR, 2018, p. 44).

Um dos estilos a que Clarice Lispector se entrega em sua escrita é o das emoções. Suas percepções sobre o cotidiano que a envolve e suas experiências com ele são o “objeto” de sua literatura, que se instaura nas suas crônicas, nos seus contos e romances. O resultado é uma forma de escrita que escuta o silêncio, que descobre o mundo a cada instante, com suas emoções, e produz transformações e impacto em seus leitores. Ela revela vibrações de espontaneidade da vida, as quais se desdobram em momentos epifânicos, atos de desvendamento da “vida selvagem que existe sob a mansa aparência das coisas” (SÁ, 1979, p. 135).

A potência da obra literária clariceana está em perceber os “estados epifânicos” em nosso cotidiano: no andar com os pés que tocam a terra; no olhar, pelos olhos e pelos poros, as plantas no Jardim Botânico; no sentir as vibrações do existir dos animais; no vivenciar a presença do outro em corpos que se afetam em alteridade. A literatura pensante de Clarice nos faz evocar a potência de vida, a compaixão, o amor, os afetos, a alteridade, em comunhão com o todo que nos rodeia.

3. Afetos no conto “Amor”

 No conto “Amor”, publicado primeiramente em 1952, no volume Alguns contos, e, posteriormente, em Laços de família, de 1960, a narradora passa a ocupar-se de cada detalhe vivido pela personagem Ana, uma dona de casa com o cotidiano tomado pelas atividades do lar e ao redor da qual “crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício” (LISPECTOR, 2016, p. 145). Num momento em que os afazeres da rotina, em certa “hora perigosa da tarde” (LISPECTOR, 2016, p. 146), não consumiam sua mente, surgem questionamentos internos e uma inquietação, e tal experiência “transforma-se num estranho encontro consigo mesma – e ao mesmo tempo com o mundo vegetal e animal” (GOTLIB, 2021, p. 273).

Ana segue no bonde com um saco de compras no colo, respira profundamente e pensa que até Humaitá (bairro do Rio de Janeiro) terá tempo de descansar. Eis que surge o momento de “tensão conflitiva” (NUNES, 1989, p. 84). Pensando estar bem consigo e com sua rotina, a personagem repentinamente tem a visão de um cego mascando chicles, numa parada do bonde. Sente tocada a olhar para dentro de si, numa intensidade de emoções. Deixa cair ao chão o saco das compras, quebrando os ovos, que escorrem em “gemas amarelas e viscosas” (LISPECTOR, 2016, p. 148). A mastigação do cego, que lhe faz “parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir” (LISPECTOR, 2016, p. 147), deixa-a desorientada, com pleno mal-estar – a ela, que tomava todo o cuidado para, sempre, preservar-se em equilíbrio:

Mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite – tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a Ana uma vida cheia de náusea doce, até a boca (LISPECTOR, 2016, p. 149).

O cego desencadeou em Ana a sensação de estranhamento da rotina da vida, conduzindo-a a experiências de “estado de verdadeiro êxtase” (NUNES, 1989, p. 85). Esse movimento, iniciado pelo cego mascando chicles no ponto do bonde, transportou-a ao Jardim Botânico, onde tão logo se perdeu em pensamentos, como que em sonhos, e “o silêncio regulava sua respiração. Ela adormecia dentro de si.” A experiência na parada no Jardim Botânico transformou seu olhar, diante do reino animal e vegetal, em algo “estranho, suave demais, grande demais”.  As sensações de “mal-estar”, “náusea doce” e “ânsia” rodeavam o universo de Ana, deixando-a distraída na sua interioridade (LISPECTOR, 2016, p. 149).

Segundo Freitas, o estado epifânico ou de revelação vivido pela personagem é atravessado por sensações intensas e psicofísicas, como um assombro de quem adentra em outro mundo, destituído de regras, “em que a liberdade deixava a todos perdidos em uma realidade reversa” (FREITAS, 2017, p. 45). Uma representação da estrutura afetiva na literatura de Clarice Lispector é a crise: “o que chamava de crise viera afinal” (LISPECTOR, 2016, p. 149).

A partir da crise, a escritora delineia o mundo subterrâneo da subjetividade da personagem, conduzindo a uma jornada de introspecção. Dessa forma, a dinâmica emocional de situar um antes (a vida aparentemente harmoniosa) e um depois (o estranhamento das coisas e do mundo) demonstra uma característica das personagens clariceanas, que se aprofundam no perigo da travessia, no terreno dos extremos, na felicidade insuportável. Essa experiência de desconforto penetra no primordial das coisas, em que Ana aprecia a selvageria do Jardim Botânico, como se vivesse uma viagem interior (FREITAS, 2017):

Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós. Todo o Jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais. […]

Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante (LISPECTOR, 2016, p. 150-151).

A experiência do sentido da vida, provocada pelo “verdadeiro êxtase diante das coisas”
(NUNES, 1989, p. 85), engendra uma revolução de emoções extremas que podem, ao mesmo tempo, aterrorizar e causar alegria intensa, remeter a valores cristalizados que, a partir da crise, são postos em questionamento fatal. O “antes” das personagens clariceanas pode representar o estado das emoções amortecidas, o qual dificulta o atravessamento das emoções intensas, pós-epifânicas. Por isso a felicidade insuportável, a bondade sofrida, a ternura que dói são elementos do arranjo afetivo clariceano (FREITAS, 2017).

Repentinamente, como se se quebrasse a casca de um ovo, Ana se lembra do lar, das crianças, e, numa “exclamação de dor”, volta para o apartamento, abre a porta de casa, depara-se com a sala “grande, quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava – que nova terra era essa?”, questionava, assustada. Abraça o filho com tanta força e espanto, que “sentia as costelas delicadas da criança entre os braços” (LISPECTOR, 2016, p. 152). Aos poucos, os preparativos do jantar – que, mesmo com pequena quantidade de ovos, afinal estava bom – e as conversas com os irmãos, suas mulheres e filhos distanciavam-na da experiência do Jardim Botânico. Assim, Ana, em frente ao espelho, penteava-se, “sem nenhum mundo no coração”, e “antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia” (LISPECTOR, 2016, p. 155). Junto com o sopro, ficaria marcada, em sua vida, a experiência do Jardim que rebentara sua tranquilidade.

Referências Bibliográficas

DIDI-HUBERMAN, Georges. A vertical das emoções: as crônicas de Clarice Lispector. Belo Horizonte: Relicário, 2021.

ESPINOSA, Baruch de. Pensamentos metafísicos; Tratado da correção do intelecto; Ética. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores).

FREITAS, Clara Júlio. Afetividade em cena [manuscrito]: uma leitura de Clarice Lispector. 2017. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras, 2017.

GIACOIA JR., Oswaldo. O poder dos afetos. Café Filosófico CPFL, 8 jul. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7-rhnazXswA&t=1618s. Acesso em: 12 jul. 2022.

GOTLIB, Nádia Battella. Clarice Lispector hoje: literatura e pandemia. In: DINIZ, Júlio (org.). Quanto ao futuro, Clarice. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo: PUC-Rio, 2021.

JESUS, Paula Bettani Mendes. Considerações acerca da noção de afeto em Espinosa. Cadernos Espinosanos, [s. l.], n. 33, p. 161-190, 2015. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/espinosanos/article/view/105572. Acesso em: 13 jun. 2023.

LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro: Rocco, 2019.

LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas. Organização Pedro Karp Vasquez. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

LISPECTOR, Clarice. Todos os contos. Organização Benjamim Moser. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

NUNES, Benedito. O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispector. São Paulo: Ática, 1989.

ROSENBAUM, Yudith. Clarice Lispector quer desmontar as máscaras e conhecer o que há por trás delas. IHU On-line, São Leopoldo, n. 228, p. 21-24, 16 jul. 2007. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao228.pdf. Acesso em: 13 jun. 2023.

ROSENBAUM, Yudith. No território das pulsões. Cadernos de Literatura Brasileira, São Paulo, n. 17/18, p. 261-279, dez. 2004.

SÁ, Olga de. A escritura de Clarice Lispector. Petrópolis: Vozes, 1979.

Aléxia Fernanda Lourenço Lopes*

*é graduada em História pela UniBH e acadêmica de Pedagogia pela Unifor-MG. E-mail: [email protected]