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Publicado em março-abril de 2022 - ano 63 - número 344 - pág.: 22-29

Economia de Francisco e Clara no chão da realidade: práticas pastorais, educação ecológica e incidência territorial

Por Eduardo Brasileiro* e Gabriela Consolaro Nabozny**

A Economia de Francisco e Clara é uma resposta do papa Francisco – ao lado de movimentos populares, organizações, intelectuais e juventudes do mundo inteiro – à crise generalizada que emerge das entranhas da sociedade capitalista. O espírito eco-humanista que brota em Roma e se dissemina como resposta às encruzilhadas civilizatórias é vivido com base em novos paradigmas que, na ecologia integral e na solidariedade política, desenham novo corpo na sociedade e suas bases econômicas. A absorção e a vivência das propostas advindas desse chamado são o maior desejo da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC), motivo pelo qual tem sido desenvolvida vasta atuação pastoral e eclesial a fim de construir alternativas no cotidiano do povo e efetivar, no chão da realidade, o chamado a “realmar” a economia.

Introdução

O papa Francisco, forte mobilizador da Conferência de Aparecida, assume seu pontificado respondendo à fatídica constatação de que “vivemos uma mudança de época” (DAp 44) e introduz a Igreja, radicalmente, nessa mudança de época pela “Alegria do Evangelho”. Propõe, assim, rasgar o tecido de uma evangelização mecânica e imparcial para desenvolver novas perspectivas no corpo da Igreja. Não se trata do antagonismo entre a pastoral catequético-sacramental disciplinar e uma pastoral com rosto mais moderno e “estilizado”; trata-se, antes, de ir a fundo na crise fundacional: pastoral é anúncio, testemunho e diaconia. E para qual mundo essas três dimensões pastorais têm apontado?

1. Crise da pastoral e resgate do comunitário

A crise exige mudança de atitude. A pastoral é envolvida pela mecanicidade do sistema neoliberal, que adequa a consciência pastoral a uma subjetividade empresarial (DARDOT; LAVAL, 2016). A racionalidade empreendedora invade a vivência pastoral e assalta a experiência de uma espiritualidade da interioridade do humano, buscando naturalizar uma espiritualidade econômica da competição, da acumulação e do consumismo. Essa razão é muito sutil, pois parte do discurso da ética comercial, que desenvolve uma sociedade do desempenho (HAN, 2018) e do ressentimento diante da falta de compreensão da realidade histórica (FT 13) e diante da precarização das políticas de proteção social ampliada (saúde, trabalho, educação, assistência social). A fratura social tem traços de crise identitária resultante da globalização. Quanto menos controle as pessoas têm sobre o mercado e sobre o Estado (CASTELLS, 2018), mais se recolhem numa identidade própria que não possa ser dissolvida pela vertigem dos fluxos globais: refugiam-se em sua nação, em sua família, em seu deus.

Enquanto as elites triunfantes da globalização se proclamam cidadãs do mundo, amplos setores sociais se entrincheiram culturalmente num mister de subjetividades: o mediatizado, o endividado, o securitizado e o representado. Em síntese, o mediatizado é governado pelo controle das redes de comunicação global e pelos seus interesses ideológicos. O endividado é afetado pela hegemonia das finanças que os bancos produziram. O securitizado é uma figura oprimida pelo medo e sequioso de proteção. E, por fim, o representado é fruto da manipulação advinda da narrativa de que é a corrupção que apodrece o país (NEGRI; HARDT, 2016). O fundamental, para entender aqui o papel da pastoral, é que a fratura social se une a uma fratura cultural, constituindo discurso, hermenêutica e prática que façam a manutenção dos interesses desses coletivos familiares.

Nesse contexto se evidencia o enfraquecimento da efetivação da soberania popular e da crença na potencialidade de mudança emanada de pessoas organizadas coletivamente. De outra parte, há o fortalecimento da perspectiva individualista, com base na concepção do “sujeito empresarial/neoliberal”. Ou seja, a moral básica do neoliberalismo se caracteriza por todos serem considerados completamente autônomos em suas ações e completamente responsáveis pelos resultados decorrentes.

As teorias e conceitos apresentados são importantes para conseguirmos analisar o que vivemos no chão das nossas realidades, em nossas comunidades e paróquias, as atitudes e organizações que nos afastam da efetividade da Economia de Francisco e Clara. A estrutura neoliberal da sociedade nos faz individualistas e competitivos, e nos afasta da essência do ser cristão: viver em comunidade. A ação pastoral, o trabalho em grupo, a junção de energias para construir o Reino de Deus em nós necessitam da força do coletivo.

Viver o cristianismo é lutar pelo comunitário e buscar o fortalecimento das práticas coletivas, que já foram vividas outrora na Igreja do Brasil, mas hoje, cada vez mais, sucumbem à tentação de considerar o “eu” mais importante que o “nós”. As dificuldades crescentes da vivência pastoral são proporcionais às mudanças do mundo, que rumam na direção oposta, da competitividade e do esvaziamento. Mesmo as ações mais diminutas se tornam grandes e essenciais atos de resistência, uma vez que vivenciar o coletivo, na atualidade, significa romper com o véu do neoliberalismo, que ofusca a visão e nos faz individualistas até nos momentos de viver a cotidianidade do cristianismo – este, em essência, coletivo.

O papa Francisco afirma a todo cristão e a toda cristã: “Não deixeis que vos roubem a comunidade” (EG 92), a fim de concretizar uma saída possível diante da barbárie: o resgate do comunitário em chave libertadora. Francisco o faz com os guardiões da ética comunitária – os movimentos populares, capazes de territorializar lutas mesmo diante do avanço da globalização da economia e da comunicação, o qual solapou e desestruturou as economias nacionais, limitando a capacidade do Estado-nação de responder, em seu âmbito, a problemas que são globais na origem.

O paradoxal é que o tempo da crise é ambivalente: impõe-se como limite da ação pastoral (já não há nada que fazer) ou propulsiona a ação pastoral na direção profética de territorializar a tridimensionalidade pastoral com base na preferência pelos empobrecidos e pela mãe Terra. Esse convite nos lança a experienciar uma consciência cotidiana mediante a percepção das dores coletivas, das marcas do empobrecimento, e a fomentar redes possíveis com base no pensamento cooperativo, compartilhado e distributivo. Leva-nos também a experienciar a consciência planetária, que reconhece a importância de enxergar as relações dos limites planetários e de forjar uma lógica político-econômica voltada à ecologia integral.

O comunitário exige reaprender a solidariedade política e a ecologia integral como práxis de novas economias. A inversão de prioridades se traduz no fomento da atenção constante ao bem comum e da preocupação pelo desenvolvimento humano integral (FT 276). O instrumento para isso é a cultura do encontro, essa palavra-ação do papa Francisco que provoca um deslocamento e a priorização de uma pastoral que seja farol dos empobrecidos, pois reconecta os que possuem algum privilégio socioeconômico e os interpreta em chave libertadora. Como Francisco afirma, é “querer encontrá-los, procurar pontos de contato, lançar pontes, projetar algo que envolva a todos […], tornando-se um estilo de vida” (FT 217).

“Realmar” a economia, como nos pede Francisco, é pensar a pastoral construtora de outros estilos de vida, que sejam solidários e considerem o des-envolvimento territorial amplo. É fortalecer a proximidade, como pedagogia para um discernimento coletivo e para a evidenciação de conflitos, em meio aos quais se busca que o povo no território invista contra todo privilégio e injustiça. A pastoral, ao viver seu chamado comunitário, passa do excesso para o suficiente, do acúmulo para a partilha, da economia neoliberal para a Economia de Francisco e Clara.

2. Nova economia a partir da educação popular e ecológica

O papa Francisco insiste numa pedagogia do encontro para a construção de novo pacto socioeconômico. Foi assim que, pedagogicamente, escolheu juventudes, com suas experiências capazes de conectar as inúmeras práticas de novas economias presentes em seu redor. E esse ato de ouvir, conectar e costurar saberes remonta, com profundidade, à educação popular. A preocupação inicial da educação popular é como as pessoas constroem sua visão sobre o mundo e o interpretam. Naturalmente, interpretar a realidade foi o que Francisco, Clara e todos os seus irmãos e irmãs fizeram ao buscarem dissociar-se da economia de sua época e construir, pedagogicamente, outra experiência econômica de fraternidade.

As propostas da Economia de Francisco e Clara precisam ser enraizadas e interiorizadas nas comunidades, precisam pulsar no mesmo ritmo que as ações pastorais, para que as práticas, fortalecidas, possam representar a sobreposição ao individualismo. Esse objetivo se concretizará apenas com a potencialidade da educação popular e com a urgência da educação ecológica, linhas mestras capazes de romper com o ciclo de perpetuação da negligência egoísta (LS 36), voltando o olhar e as práticas para o comunitário e para o cuidado com a casa comum.

Com base na percepção da realidade para o exercício da autonomia, a educação popular torna claro que somos dependentes, interdependentes ou “terradependentes”. Paulo Freire, na Pedagogia da autonomia, chegou a fazer um jogo de palavras para desenhar essa situação: “a autoridade do não eu” (FREIRE, 2019, p. 46). Também dizia ser um “ato comunicante”, porque necessariamente obriga a pessoa a pensar sua ação à luz do Outro e dos valores que garantem que todos sejamos humanos. Certo provérbio africano diz que “há coisas que só podem ser vistas a partir dos olhos de quem chorou”. Essa reflexão incorpora uma máxima à missão da prática pastoral da Economia de Francisco e Clara: construir nova arquitetura econômica “a partir dos olhos de quem chorou” aprofunda uma experiência de democracia participativa própria ao poder popular. Uma educação voltada para evidenciar as experiências coletivas, do resgate da consciência histórica e da promoção de novas ferramentas de economias populares.

A educação popular em economia solidária promove uma vivência comunitária em que o exercício da cooperação reforça a possibilidade de surgir polos que antagonizem o poder político territorial e fomentem o poder político comunitário. Produzir e partilhar educa para uma familiaridade com a gratuidade e a convivência. O papa Francisco insiste, em sua pedagogia, no sentir-pensar que conecta o saber dos povos. É o saber do camponês, o saber do periférico, o saber do artesão, o saber do empreendedor que conectam, com o pensar, nova maneira de produzir e partilhar. Nesse momento, a doutrina econômica monetária cai e surge uma economia eco-humanista, que se concentra em envolver a criatividade humana de saberes populares, solidários e ecológicos.

A superação da lógica econômica predatória, responsável pela deterioração da qualidade de vida humana e pela degradação social (LS 43), pede de nós a conversão ecológica. Apenas com a transformação do pensamento, que é própria da conversão, transições sistêmicas serão possíveis, freando as consequências mortais do antropocentrismo, em que o ser humano se põe como centro da criação e a sequestra para o bem próprio, sem se preocupar com o planeta e as gerações futuras. Como apontado no documento 105 da CNBB, “a mudança de mentalidade implica mudança de estruturas” (CNBB, 2016, n. 86). A proposta da Economia de Francisco e Clara é de mudança estrutural. Para isso, é essencial a mudança de mentalidades.

Para o resgate do comunitário, é necessária a consciência de uma origem comum, da recíproca pertença e de um futuro partilhado por todos (LS 202). A convivência de irmãs e irmãos, aliada ao conhecimento dessas premissas, é capaz de desenvolver novas formas relacionais, novas convicções e, principalmente, novas atitudes. Por meio da educação, tratada no sentido amplo de construção conjunta de conhecimento, é que será possível converter a chamada razão neoliberal, que se dissemina nas práticas sociais e faz que o “normal” seja aquilo que é nocivo às pessoas e ao meio ambiente.

Na construção de outro estilo de vida, o resgate do comunitário emerge junto da preocupação ecológica, direcionando as práticas cotidianas à observância do bem comum. O consumismo obsessivo, que reflete o mecanismo criado pelo mercado (LS 203), dá lugar às práticas territoriais, que ligam as pessoas em seus bairros e cidades, reatando o elo perdido e fortalecendo o comércio local. A apatia perante a crise climática dá lugar à consciência de sermos um, ao louvor à criação, como fez Francisco de Assis, porque se percebe que toda a existência é obra do Deus cuidado, que se manifesta nas criaturas como prova de amor. O egoísmo das pessoas isoladas em suas próprias consciências (LS 204) dá lugar ao afeto, à construção coletiva, ao resgate da soberania de um povo que sabe que detém o poder de direcionar seu futuro. A partir dessas mudanças, a economia que mata, exclui e degrada (FRANCISCO, 2020b) dá lugar à Economia de Francisco e Clara.

3. Economia de Francisco e Clara no chão da realidade

Na construção diária e local das experiências, a Economia de Francisco e Clara é impulso gerador de encontro das realidades territoriais. Surge primeiro como diagnóstico da realidade, promove reflexões sobre as inúmeras ferramentas econômicas alternativas e parte para a intervenção com base nos clamores da casa comum. No contexto de imposições de práticas e lógicas que não dialogam com as necessidades do povo, florescem como alternativas a organização territorial, o fortalecimento da soberania popular e o encontro das mais diversas possibilidades econômicas que podem surgir (e já surgem!) das práticas em comunidade.

Engana-se quem entende que trabalhar localmente é limitar, negligenciando mudanças estruturais. Isso porque os lugares “são […] o mundo, que eles reproduzem de modos específicos, individuais, diversos. Eles são singulares, mas são também globais, manifestações da totalidade-mundo, da qual são formas particulares” (SANTOS, 2001, p. 112). Organizações territoriais, portanto, por meio da identificação de pertença entre as pessoas e da consequente organização para efetivação de seus objetivos, são instrumentos de mudança sistêmica. Com efeito, “os territórios tendem a uma compartimentação generalizada, onde se associam e se chocam o movimento geral da sociedade planetária e o movimento particular de cada fração, regional ou local, da sociedade nacional” (SANTOS, 2001, p. 79).

Para superar a economia capitalista neoliberal e todo o afã de interesses econômicos dos bilionários, é necessário retomar o fôlego da crítica à economia política que parte de nova arquitetura da cidadania ativa (BENEVIDES, 1991). O exercício da solidariedade política, que bebe profundamente na espiritualidade do papa Francisco, produz forte apelo em comunidades que desenham o poder popular como promotor de novo protagonismo para a ascensão de políticas públicas. Essa ação quase que autogestionária tem forte apelo também junto aos povos indígenas, pois delineia o caminho de construção do bem viver que se dá na dissociação seletiva do mercado e numa nova cultura política.

Leonardo Boff (2015), ao conceituar o biorregionalismo, aponta que o recorte territorial, “em termos de escala, centra-se na região e na comunidade; em economia, na conservação, na adaptação, na autossuficiência e na cooperação; em política, na descentralização, na subsidiariedade, na participação e na busca do consenso”. É com base no biorregionalismo que se acredita ser possível a construção da Economia de Francisco e Clara. A potência que carrega cada pessoa, afastada do conceito de economia defendido pelos grandes blocos detentores da dominação financeira, torna-se imprescindível nesse caminhar.

O povo, o coletivo, a energia e o entusiasmo de cada um contam na efetivação das economias transformadoras. Trata-se de recuperar o projeto humanizador de Deus, que está em reconhecer que “a proposta é o Reino de Deus […]. À medida que ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos” (EG 180). Isso significa experienciar um encontro verdadeiro com o chão da nossa realidade e construir uma casa verdadeiramente comum, com base nos tijolos da economia, da educação, da ecologia e do ecumenismo. A “fragrância pluralista” possibilita beber da fonte de experiências de luta, de resistência, e tece uma visão eco-humanista. Comunhão que abre no mundo pessoal um caminho de profundidade que “irradia vitalidade e entusiasmo, porque carrega Deus dentro de si. Esse Deus é amor, que, no dizer do poeta Dante, move o céu, todas as estrelas e o nosso próprio coração” (BOFF, 2015).

Nessa perspectiva é que a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC)2 passou a gestar o projeto das Casas de Francisco e Clara, espaços físicos que, no meio das comunidades, podem fazer ressoar os ideais das novas economias, organizar o povo que quer um mundo novo e melhor e educar para a ecologia integral, tudo isso amparado em espiritualidades plurais e libertadoras. Como forma de enraizar essa proposta, não é necessária a estrutura completa de uma casa, mas apenas um lugar que, materialmente, possa abraçar as potencialidades brotadas nos territórios, a fim de criar pontes entre as experiências emancipadoras existentes e as pessoas que almejam efetivar novas práticas relacionais e economias.

A Economia de Francisco e Clara concretiza verdadeiras economias de libertação, projetos que sintetizam a práxis e a reelaboração da resistência em décadas neoliberais, com o progressivo avanço do extermínio das vidas periféricas, tanto humanas quanto da natureza. Economias libertadoras propõem que as noções de progresso, desenvolvimento e relação monetária devem passar pela ecologia integral e pela solidariedade política, preconizando o comunitário, as relações internacionais de solidariedade entre os povos, e não o mercado.

Todos, na grande ciranda da Economia de Francisco e Clara, são necessários para esperançar um mundo novo. Práticas pessoais, sociais e estruturais são urgentes e imprescindíveis. Em cotidianos atos de amor cósmico (LS 236) emanados de cada um, será possível compreender coletivamente que tudo está interligado, que somos corresponsáveis pela criação e pelas gerações futuras. No cuidado com a casa comum, a espiritualidade da solidariedade global, que brota do mistério da Trindade (LS 240), vai nos fazer merecedores de um horizonte de paz, fraternidade e justiça socioambiental.

2 A ABEFC possui membros em todos os estados do Brasil e iniciou, em 2020, a construção de comissões articuladoras da Economia de Francisco e Clara em cada regional da CNBB. Para mais informações: [email protected]

Referências bibliográficas

ARTICULAÇÃO BRASILEIRA PELA ECONOMIA DE FRANCISCO E CLARA. Disponível em: <http://economiadefranciscoeclara.com.br/>. Acesso em: 19 out. 2021.

BENEVIDES, Maria Victória. Cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1991.

BOFF, Leonardo. O biorregionalismo como alternativa para o “bem viver”. 2015. Disponível em: <https://www.otempo.com.br/opiniao/leonardo-boff/o-biorregionalismo-como-alternativa-para-o-bem-viver-1.1195093>. Acesso em: 10 jul. 2021,

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 62. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2018.

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SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Eduardo Brasileiro* e Gabriela Consolaro Nabozny**

*é graduado em Sociologia e Política (FESPSP) e mestrando em Sociologia na PUC Minas. Educador na periferia de São Paulo, participa das CEBs da Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itaquera. Compõe o Nesp (Núcleo de Estudos Sociopolíticos) e o Grupo de Reflexão e Trabalho da Economia de Francisco e Clara, ambos da PUC Minas. É integrante da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco (ABEFC) e membro da coordenação executiva da 6ª Semana Social Brasileira da CNBB. E-mail: [email protected]
**é formadora nacional da Juventude Franciscana (Jufra) do Brasil e integrante da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco. Mestranda em Direito Ecológico e Direitos Humanos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em Direito Penal e Processo Penal pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST), bacharela em Direito pela UFSC. Pesquisadora do Grupo Transdisciplinar em Pesquisa Jurídica para uma Sociedade Sustentável – CNPq/UFSC. E-mail: [email protected]