Publicado em novembro-dezembro de 2022 - ano 63 - número 348 - pág.: 04-11
A profecia da Eucaristia em um mundo de desigualdades sociais
Por Fernando Saburido, osb*
Meditar sobre a Eucaristia é assunto desafiador, por isso a escolha do tema: “Pão em todas as mesas”. Nossa meta é realizar um congresso com dignidade e, ao mesmo tempo, motivar a solidariedade, sobretudo por estarmos situados em uma região de tantos desafios sociais.
Introdução
A arquidiocese de Olinda e Recife sedia um congresso eucarístico pela segunda vez. O III Congresso Eucarístico Nacional foi celebrado, em 1939, numa dolorosa época de guerra mundial. Como registram os anais daquele evento, vivia-se o Congresso Eucarístico Nacional com um olhar sofrido e solidário sobre a Europa. O XVIII Congresso Eucarístico Nacional foi adiado de 2020 para 2022, em razão da tragédia mundial da pandemia da Covid-19, que ainda tem registros preocupantes de casos diários de contaminações e mortes. Neste contexto, a humanidade está diante de outra atrocidade. Em fevereiro deste ano, ocorreu a invasão russa no território da Ucrânia, estendendo os horrores da guerra à população mundial, uma vez que seus efeitos não se restringem a limites territoriais específicos.
Diante desse quadro, meditar sobre a Eucaristia é tema desafiador, porque toca o mais profundo da fé da Igreja e, além disso, mexe com sensibilidades diversas. A Igreja particular de Olinda e Recife assumiu a missão de sediar o XVIII Congresso Eucarístico Nacional e o faz em novembro deste ano. Talvez nosso desafio maior seja expressar nosso amor à Eucaristia de modo que não se restrinja às grandes celebrações. Que esse Congresso e nosso modo de celebrar a ceia do Senhor sejam profecia da partilha e do cuidado e possamos, assim, contribuir para que, conforme o tema do evento, haja “pão em todas as mesas”.
Não estamos em tempos de cristandade, e sim de uma Igreja em saída, com serviço amoroso à humanidade. Por isso, não desejamos um congresso que se notabilize pela grandiosidade ou apenas pelo esplendor de celebrações imponentes. O esforço maior deve ser suscitar, em nossa Igreja e na sociedade, o que, no LII Congresso Eucarístico em Budapeste, Hungria, o papa Francisco chamou de “cultura eucarística”, ao afirmar:
A celebração da Eucaristia torna-se incubadora das atitudes que geram uma cultura eucarística, porque impele a transformar em gestos e comportamentos de vida a graça de Cristo que se doou totalmente. […] A Eucaristia é fonte que se traduz também em cultura eucarística, capaz de inspirar os homens e as mulheres de boa vontade nos âmbitos da caridade, da solidariedade, da paz, da família e do cuidado com a criação (MELO, 2021).
Para que nosso Congresso possa colaborar na realização dessa proposta do papa Francisco, é importante que nos disponhamos a uma conversão cada dia mais exigente. Sobre a ceia do Senhor, o apóstolo Paulo pede que “cada um se reveja e só assim tome do corpo e sangue do Cristo” (1Cor 11,28). Para aprofundarmos esse assunto, somos convidados, à luz da fé e da palavra do Evangelho, a olhar para nossa realidade, a perscrutar o que, em relação a nossas celebrações eucarísticas e a nosso Congresso, o Espírito diz à Igreja e, finalmente, o que podemos fazer para obedecer à sua voz.
1. “Esta multidão não tem o que comer” (Mc 8,2)
Até hoje, ressoa para nós essa advertência de Jesus aos discípulos. Assim começou a partilha que ele lhes propôs, dando-lhes a tarefa de distribuir o alimento. Para contar esse episódio, os Evangelhos usam uma linguagem que nos remete à Eucaristia. Assim, vemos que, nas primeiras comunidades cristãs, a ceia do Senhor constituía proposta de partilha para solucionar a fome da multidão.
No Brasil atual, cada dia, pela manhã, em vários canais de televisão, há programas que mostram maîtres e chefes de cozinha preparando iguarias e ensinando as donas de casa de classe média a variar o cardápio do almoço. Esses programas exibem pratos de carne e de iguarias deliciosas. Para quem está bem nutrido, as imagens dão água na boca. No entanto, para muitos, parecem exercitar a crueldade, uma vez que a fome e a miséria são uma realidade para grande parte do povo brasileiro. Um congresso eucarístico não pode parecer isso, como se estivéssemos indiferentes ao que se passa ao redor de nós, com uma multidão literalmente jogada nas ruas e praças e sem nada para comer.
Não podemos celebrar o Congresso como se ignorássemos essa realidade ou ela não nos interpelasse. São desafios importantes a serem enfrentados. O tema e o lema escolhidos para esse Congresso não nos deixam fugir ou adiar esse compromisso. E para cumpri-lo, não bastam atitudes voluntaristas desordenadas. É preciso nos colocar em sintonia e como que organizados junto com a sociedade civil que trilha a mesma busca e vive a mesma inquietação social (TEXTO-BASE, 2019, p. 16).
Conforme um dos mais recentes relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre segurança alimentar, em 2021, na América Latina, a fome alcançou um patamar que não se via há décadas. De acordo com a ONU, a América Latina foi a região na qual mais cresceu o número de pessoas em situação de insegurança alimentar. Em 2018, vários anos após termos conseguido superar essa tragédia, o Brasil voltou ao mapa da fome. A fome chega a ameaçar mais de 20 milhões de brasileiros (BELIK, 2022). Essa realidade não é consequência direta da crise que se abateu sobre o mundo com a pandemia. A pandemia a agravou, mas ela já vinha de antes e tem mais a ver com as decisões políticas que retiraram direitos sociais dos trabalhadores e fizeram mais que duplicar a desigualdade social em nosso país. Como seria bom se, a partir do nosso Congresso Eucarístico, irmãos no ministério e grupos católicos que apoiaram medidas causadoras de desigualdades sociais, cada vez mais cruéis, pudessem acolher o que nos ensinava o Servo de Deus dom Helder Camara:
Não podemos adorar o corpo do Cristo na Eucaristia se somos indiferentes ou coniventes com os mecanismos sociais que jogam o mesmo corpo de Cristo, que são os pobres, nas sarjetas do mundo. Nas horas de maior glorificação do Santíssimo Sacramento, peçamos a Cristo a graça de nos unir a todas as pessoas de boa vontade para lutar, de modo pacífico, mas corajoso, pela libertação dos oprimidos do mundo inteiro, ou melhor, pela libertação do Cristo, esmagado no íntimo dos sem-vez e dos sem-voz (CAMARA, 1977, p. 770).
A Eucaristia não é apenas o “sacramento da ceia”, mas da ceia aberta, na qual se reparte o alimento e a vida. Já nos anos 1950, o teólogo alemão Joachim Jeremias afirmava: “Onde não há justiça, não há Eucaristia […]. Isolar a Eucaristia desse referencial faz com que enchamos a celebração de gestos exteriores de respeito e adoração, mas a esvaziemos de seu significado de justiça, solidariedade e fraternidade” (JEREMIAS, 1981, p. 259, tradução nossa).
2. Eucaristia: antes de tudo, ceia do Senhor e ceia partilhada
O Concílio Vaticano II nos convidou a retomar essa unidade entre o pão da Eucaristia e a comunidade fraterna. Ainda no século IV, Santo Agostinho insistia:
Queres compreender o que é o corpo de Cristo? Escuta o apóstolo dizer aos fiéis: “Vós sois o corpo de Cristo e seus membros”. Se, portanto, sois o corpo do Cristo e seus membros, é o próprio símbolo do que sois vós que repousa sobre a mesa do Senhor. É o próprio símbolo da vossa vida que recebeis. Respondeis “Amém” ao que vós mesmos sois. Escutas: “Corpo de Cristo” e respondes: “Amém”. Então, sê um membro do corpo do Cristo para que o teu amém seja verdadeiro (Sermão 272).
Apesar de ninguém, na Igreja, contestar essa verdade expressa por Santo Agostinho, sabemos que não é esse o aspecto que, até nossos dias, predomina na cultura paroquial ou cotidiana de nossas celebrações. Precisamos ainda aprofundar mais a relação entre o corpo eucarístico de Jesus, significado no pão, o corpo místico de Cristo, na comunidade eclesial, e o corpo social de Cristo, presente nos mais pobres e vulneráveis, tal como, na parábola do julgamento final, afirma o próprio Jesus: “O que fazeis a um dos pobres e pequenos em meu nome é a mim que fazeis” (Mt 25,31ss).
Na América Latina, em 1968, assim se expressa o documento de conclusões da II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano:
Na tarefa da promoção humana e do desenvolvimento social, cabe ao sacerdote um papel específico e indispensável. Ele deve unir todo o esforço humano em uma síntese vital com os valores propriamente religiosos (GS 43). Para isso, deve se esforçar pela palavra e pela ação apostólica, não só sua, mas da comunidade eclesial, para que todo trabalho social adquira seu pleno sentido de liturgia espiritual, incorporando-o de maneira vital na celebração da Eucaristia (CELAM, 2004 – Med 11; 18).
Documentos como esse afirmam que se deve promover a integração entre Eucaristia e realidade social, mas o desafio é explicar como fazê-lo. As conclusões de Medellín sugerem que tal integração ocorra “pela palavra e pela ação apostólica”, mas isso parece significar não algo intrínseco à liturgia, e sim algo de fora, que com ela se relacione. Esse trabalho é necessário. No entanto, de acordo com os pais da Igreja e com a sacramentalidade do gesto eucarístico, a própria forma de celebrar é que deveria significar essa profecia de um mundo transformado e de uma vida de partilha. Mesmo na obediência fiel ao rito romano e à tradição litúrgica, seria importante que encontrássemos formas para superar o que o papa Francisco denuncia como clericalismo e nossa própria maneira de celebrar se tornasse expressão coerente da palavra que pregamos e do gesto de partilha que desejamos fazer.
Na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine (n. 27), o papa João Paulo II afirma:
A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja. É também projeto de solidariedade, em prol da humanidade inteira. Na celebração eucarística, a Igreja renova continuamente sua consciência de ser “sinal e instrumento” não só da íntima união com Deus, mas também da unidade de todo o gênero humano. […] O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida. A imagem lacerada do nosso mundo, que começou o novo milênio com o espectro do terrorismo e a tragédia da guerra, desafia ainda mais fortemente os cristãos a viver a Eucaristia como grande escola de paz, onde se formem homens e mulheres que, nos vários níveis de responsabilidade na vida social, cultural, política, se fazem tecedores de diálogo e de comunhão.
O primeiro nome dado pela Igreja apostólica à Eucaristia foi fração do pão, ou seja, partilha (At 2,42-46). As primeiras comunidades cristãs davam a esses momentos eucarísticos o nome de “assembleia” (Igreja). No capítulo 11 da primeira carta aos Coríntios, Paulo afirma: “[…] quando vos reunis como Igreja, têm surgido dissensões entre vós” (v. 18). E conclui: “Assim, quando vos reunis, não é para comer a ceia do Senhor […]” (v. 20). É no contexto dessa repreensão à comunidade cristã de Corinto que o apóstolo nos dá de presente a primeira narração da ceia de Jesus no Novo Testamento (1Cor 11,23-26). Ele faz essa narração para deixar claro que não acolher, na ceia, o irmão pobre ou excluído é não respeitar o corpo de Cristo (v. 18). Paulo havia denunciado que, ao se reunirem para a ceia do Senhor, os irmãos se dividiam: “Cada um se apressa a comer sua própria ceia e, enquanto um passa fome, outro se embriaga” (v. 21). Para o apóstolo, essa forma de proceder é insultar a Deus e comer indignamente o corpo e sangue do Senhor (v. 27-29). Na tradição, algumas vezes, interpretou-se o comer do pão e beber do cálice do Senhor indignamente como se fosse uma questão de falhas morais no nível pessoal. Na exortação Amoris Laetitia, o papa Francisco deixa claro que o apóstolo Paulo não se refere a problemas morais pessoais ou a situações irregulares das pessoas que se aproximam da Eucaristia. O papa comenta:
Em 1Cor 11,17-34, Paulo enfrenta uma situação vergonhosa da comunidade. Ali algumas pessoas acomodadas tendiam a discriminar os pobres, que ficavam sem ter o que comer. […] Trata-se, pois, de discernir o corpo do Senhor, isto é, reconhecê-lo com fé e caridade, tanto nos sinais sacramentais como na comunidade. De outro modo, come-se e bebe-se a própria condenação (AL 185-186).
Diante disso, concordamos com dom Orlando Brandes, que afirma:
Para não celebrar indignamente, precisamos organizar o atendimento aos pobres, desestabilizar as estruturas injustas e viver um estilo de vida no qual a simplicidade e a sobriedade sejam visíveis. Na comunidade cristã, os pobres devem sentir-se como em sua casa. Sem essa forma de evangelização, o anúncio do Evangelho corre o risco de não ser compreendido. O cristão deve debruçar-se sobre a fome, o analfabetismo, as novas pobrezas, a solidão, a marginalização, as drogas, a violência. É preciso decifrar o apelo que Cristo lança à nossa fé a partir do mundo da pobreza. A caridade hoje requer maior capacidade inventiva (BRANDES, 2006, p. 58).
3. A sinodalidade eucarística para além do Congresso
Em um mundo complexo como o nosso e diante dos problemas econômicos e sociais que vivemos, não se trata de montar estruturas de assistência social ou a Igreja se encarregar de programas na linha do Fome Zero. Podemos e devemos colaborar com tais iniciativas, que competem ao governo e a toda a sociedade. No entanto, não basta transformar nossas comunidades em agências sociais de promoção humana. A dimensão social da Eucaristia como “projeto de solidariedade” se concretiza, principalmente, no cuidado para que nossas celebrações sejam realmente sacramentos, isto é, sejam assembleias de partilha e de comunhão humana. O mundo inteiro tem testemunhado como o papa Francisco nos tem dado o exemplo, ao despojar as cerimônias litúrgicas do Vaticano de um estilo barroco, que não ajudava a manifestar a Igreja pobre e servidora.
Em um mundo excludente, no qual os pequenos não têm vez, nossas celebrações têm de acentuar, cada vez mais, a acolhida dos excluídos, a participação de todos e todas na comunidade, e sinalizar a comunhão não apenas no altar, mas também na vida. Muitas Igrejas estão voltando ao costume antigo de transformar os momentos de celebração eucarística em eventos de partilha também econômica. Assim, é escandaloso constatar que, no Brasil, ainda haja ministros ordenados, religiosos(as) e leigos(as) que estranhem a prática litúrgico-pastoral da CNBB, desde 1964, de promover a Campanha da Fraternidade no período da Quaresma. Essa iniciativa, com seus temas sociais e o gesto concreto da coleta, dá veracidade e força à profecia da Eucaristia.
Conscientes da relação sacramental entre Eucaristia e partilha, decidimos, na fase preparatória dos trabalhos, deixar um marco concreto do XVIII Congresso Eucarístico Nacional, a CASA DO PÃO, para que seja um gesto da caridade social da família arquidiocesana. Com essa iniciativa, atentos ao apelo por “pão em todas as mesas” (tema do Congresso) e diante do testemunho da comunidade na era apostólica – “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46 – lema) –, queremos reescrever a edificante página dos Atos dos Apóstolos mediante a comunhão de sentimentos e a atitude dos primeiros cristãos. Localizada na rua do Imperador, no coração da cidade do Recife, onde reside grande quantidade de pessoas em situação de rua, a CASA DO PÃO terá a importante missão de congregar, escutar, valorizar e assistir os pobres na luta pela igualdade social e na defesa dos direitos humanos. Será uma nova diaconia arquidiocesana, que contará com a liderança de diáconos permanentes e o apoio das pastorais sociais, tendo como objetivos específicos evangelizar e promover.
Por muitas razões, é preciso voltar ao espírito da Igreja primitiva. Um documento do século III, chamado Didascália dos apóstolos, prescrevia como deveria ser a assembleia litúrgica da Eucaristia e, em situações concretas, como o bispo deveria agir: “Se entrar [na igreja] um pobre, seja homem ou mulher, de tal lugar ou de outra comunidade, sobretudo se é idoso e não há lugar para ele, então tu, ó bispo, com todo o teu coração, deves providenciar para que se encontre um lugar para ele, mesmo que tenhas tu de te sentar no chão” (FUNK, 1905, p. 168, tradução nossa).
Como encontramos no Texto-base, somos convidados a viver o Congresso Eucarístico com alegria eclesial, sabendo, porém, que a natureza profética da Eucaristia exige de todos nós um modus vivendi compatível com o Evangelho, neste mundo de desigualdades sociais: “Que a Eucaristia apresse o dia por nós esperado, de irmãos libertados de toda injustiça, de todo pecado”. No Congresso de 1939, o povo cantou: “E o Recife se fez, lado a lado, catedral onde reza o Brasil”. Em 2020, na “terra dos altos coqueiros”, nós cantaremos: “E seremos Igreja em saída, pelo amor aos irmãos, na Eucaristia”. Com as palavras do poeta, sonhamos: “Pão em todas as mesas, da Páscoa nova a certeza, a festa haverá e o povo a cantar, aleluia!” (TEXTO-BASE, 2019, p. 147).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELIK, Walter. Volta do Brasil ao Mapa da Fome é retrocesso inédito no mundo. [Entrevista cedida a] Suzana Petropouleas. Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 jan. 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/01/volta-do-brasil-ao-mapa-da-fome-e-retrocesso-inedito-no-mundo-diz-economista.shtml. Acesso em: 15 jun. 2022.
BRANDES, Orlando. Eucaristia e amor social: os pobres e a fome. Encontros Teológicos, Florianópolis, fasc. 44, ano 21, n. 2, p. 55ss, 2006.
CAMARA, Helder. O pão da vida e a sub-vida no mundo. Sedoc, Petrópolis, n. 9, p. 769-770, 1977.
CELAM. Documentos do Celam. São Paulo: Paulus, 2004.
FRANCISCO, Papa. Amoris Laetitia: Exortação Apostólica Pós-sinodal sobre o amor na família. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20160319_amoris-laetitia.html. Acesso em: 15 jun. 2022.
FUNK, F. X. (ed.). Didascalia et Constitutiones Apostolorum. Paderbonae: Libraria Ferdinandi Schoeningh, 1905. v. II, 58,6. p. 168.
JEREMIAS, J. Abba: el mensaje central del Nuevo Testamento. Salamanca: Sígueme, 1981. p. 259.
JOÃO PAULO II. Mane Nobiscum Domine: Carta Apostólica para o Ano da Eucaristia. São Paulo: Paulinas, 2005.
MELO, Miguel Pedro. Por uma cultura eucarística. Ponto SJ, Lisboa, 22 set. 2021. Disponível em: https://pontosj.pt/especial/por-uma-cultura-eucaristica/. Acesso em: 15 jun. 2022.
TEXTO-BASE do XVIII Congresso Eucarístico Nacional. São Paulo: Paulus: Paulinas, 2019.
Fernando Saburido, osb*
*Dom Fernando Saburido, monge beneditino, é arcebispo metropolitano de Olinda e Recife. E-mail: [email protected]