Em inícios de setembro de 1993, reuniram-se em Salvador (BA), nada menos do que 200 coordenadores de pastoral familiar, provindos de todo o Brasil. Foi um acontecimento significativo. Ainda mais significativo é perceber que a pastoral familiar, pouco a pouco, vai deixando de ser uma prioridade sempre proclamada, para se tornar, de fato, uma prioridade abraçada. A Campanha da Fraternidade de 1994, exatamente sobre a família, vem confirmar e reforçar essa prioridade.
O fato é que, para chegar ao estágio atual, esta pastoral teve de enfrentar muitas dificuldades, provindas não apenas da própria realidade familiar, mas também de um preconceito bastante generalizado: a pastoral familiar seria uma questão de classe média e de movimentos. Embora esse preconceito vá se desfazendo, e os frutos de uma prática já sejam palpáveis, parece-nos importante, neste contexto da Campanha da Fraternidade, esclarecer alguns postulados e mostrar algumas implicações, sobretudo quando se pensa mais nas camadas pobres.
O primeiro ponto a ser esclarecido parece-nos ser o da abrangência desta pastoral, até há pouco entendida de modo muito restrito. O segundo ponto diz respeito à uma compreensão indispensável do ethos cultural do nosso povo. Esse é um pré-requisito, sem o qual não iremos muito longe em termos de camadas populares. Finalmente, convém ressaltar algumas implicações de uma pastoral familiar mais voltada para os que talvez gostariam, mas não estão conseguindo viver no contexto de um matrimônio e de uma família “normais”.
1. A pastoral familiar abraça a realidade toda
Até há poucos anos era comum constatar um atrito de fundo entre o que se denominava pastoral da família e as demais pastorais. Curiosamente o atrito era mais acentuado nas Igrejas onde a pastoral social se manifestava com mais força. Como explicar esse fato, já que os atritos se verificavam entre pessoas que teoricamente abraçavam a mesma causa, a causa do Reino?
Embora esse tipo de atrito sempre apresente muitas causas, parece-nos que duas sobressaem: a compreensão e a prática vigentes na pastoral familiar.
1.1. Compreensão restrita
Sabidamente a pastoral social que predominou no Brasil nessas últimas décadas parte de uma determinada realidade e de uma determinada consciência. A realidade é a dos conhecidos contrastes econômicos e sociais que caracterizam o Brasil; a consciência é aquela consagrada também por recentes documentos da Igreja: essa situação não é fruto do acaso, mas de mecanismos perversos. Daqui se deduz que o mal não estaria tanto nas pessoas quanto nas estruturas da sociedade. Com esse ponto de partida, a pastoral social percebe ser impossível uma transformação regionalizada. É preciso atacar o mal em todas as frentes.
Já a pastoral familiar, até há pouco significativamente denominada pastoral da família, partia de um pressuposto muito mais restrito: as causas do inegável desmoronamento do matrimônio e da família encontram-se mais nas pessoas do que na sociedade. Consequentemente, bastaria converter as pessoas para sanar os males conjugais e familiares bem como os males sociais.
Hoje, nos encontramos numa fase de compreensão muito mais dialética: um diagnóstico “monopolar” não retrata a seriedade dos nossos males. Consequentemente, uma pastoral armada a partir de tal diagnóstico, também não poderá oferecer muitos frutos. Tanto devem ser trabalhadas as estruturas quanto as pessoas; pois as melhores estruturas podem ser corrompidas por pessoas e grupos corruptos; como as melhores pessoas podem ser corrompidas por estruturas corruptas.
Os avanços, na linha da compreensão de uma pastoral familiar, encontram-se exatamente nesta direção: existem inegáveis problemas pessoais que se refletem negativamente sobre o quadro conjugal e familiar, mas os problemas pessoais são incapazes de gerar tantos males. Os cônjuges e as famílias se estabelecem a partir de um contexto religioso, histórico, cultural, econômico, político, social…
1.2. Prática atomizada
Indiscutivelmente, num contexto pré-industrial e pré-urbano, os pequenos núcleos se apresentam com um peso mais decisivo no quadro geral. Afinal, o que constituía a sociedade brasileira até há poucas décadas, senão uma rede de pequenos núcleos, com predomínio de relações familiares? Os conflitos, a violência, os desequilíbrios, e até certas guerras, traziam impressos na fronte o nome das respectivas famílias.
Em decorrência dessa realidade e dessa compreensão, a prática pastoral não poderia ser outra: deveria mesmo voltar-se para os casais e as famílias. Não vinham muito ao caso as condições de emprego ou de salário, já que grande parte da população ganhava sua vida em família. O orgulho de certas famílias era dizer que elas só compravam o sal. Tudo o mais provinha de produção própria. O círculo familiar, por sua vez, não ia muito além do parentesco e dos vizinhos. Dessa forma, não havia muito para teorizar nem por que atuar numa realidade mais ampla. A realidade era aquela mesma. Portanto, a pastoral também só poderia ser aquela mesma.
As mudanças estruturais que se operaram no Brasil em poucas décadas, contudo, nos fazem perceber que não só a realidade familiar mudou, mudaram também as condições sociais. Tratar do casal e da família isoladamente (a não ser onde o diagnóstico aponte para a direção pessoal e interpessoal) é proceder como alguns profissionais da medicina: pretendem curar pessoas que não se alimentam, vivem em péssimas condições habitacionais, de higiene etc. Pode até ser trabalho honroso e meritório, mas não atingirá seus objetivos.
Destarte se começa a perceber que, assim como o grande desafio da medicina é o de criar precondições de saúde, o grande desafio da pastoral familiar é criar precondições de vida conjugal e familiar que possam se desenvolver adequadamente. A pastoral familiar, se quiser ser mais eficaz, não pode contentar-se com o abraçar as pessoas, os casais e as famílias: tem de se articular com todas as pastorais para assim abraçar toda a realidade; e, abraçando toda a realidade, poderá verdadeiramente abraçar pessoas humanas, casais e famílias que honrem esse qualificativo.
2. Nosso ethos cultural exige pedagogia apropriada
Vivemos hoje sob o signo da “inculturação”. Esse será, certamente, um dos grandes desafios teológicos e pastorais que deveremos enfrentar nos próximos anos. Evidentemente a inculturação não pode ser entendida apenas em termos de povos diferentes, mas deverá ser entendida também em termos de realidade diferente, de estratos sociais diferentes. A inculturação exige certa compreensão teológica e pedagogia apropriada.
2.1. Como compreender o ethos popular
Até há pouco, a pastoral familiar como que se inculturou nas classes médias, através dos Movimentos. Acontece, em primeiro lugar, que a pastoral familiar não deve ser confundida com os Movimentos típicos de classe média. Em segundo lugar, a pastoral familiar só poderá abraçar toda a realidade se abraçar o sem-número de sem-família e o sem-número de pessoas que vivem em modelos diferentes de família.
Evidentemente que famílias desestruturadas ou mal constituídas não podem ser confundidas com as famílias pobres. A desestruturação pode ser verificada em todas as camadas. Só que as razões são diferentes. O que acontece é que no Brasil os pobres são a absoluta maioria. Ou seja, a absoluta maioria simplesmente não encontra condições favoráveis para constituir-se em casal e família. Daí a razão pela qual a pastoral familiar, se quiser ultrapassar os limites de uma certa classe média, poderá até trabalhar com a classe média, mas deverá privilegiar evangelicamente os pobres.
É bom que se tenha presente que ser pobre não significa apenas não ter condições materiais. Significa “não contar” muito para nada. Significa, também, viver um ethos diferente, resultante de uma cultura diferente.
Quando se fala de ethos popular, particularmente no sentido acima, se está diante de uma realidade muito complicada. Sabemos que o ethos envolve uma linguagem, símbolos, crenças e, sobretudo, valores. Claro que os valores evangélicos são parâmetro para todos. Contudo, aqui reside o problema. O ethos popular formou-se por uma estranha conjugação de catolicismo popular e de contingências históricas, ou melhor, de contingências de vida. O pobre é, antes de tudo, alguém que não vive, mas sobrevive: defende-se como pode. E isso também em termos de comportamento moral. Não só não se questiona sobre certos comportamentos, como os julga acertados. Tem, no fundo, sempre a pressuposição: “Deus me compreende e me aprova”.
Esse ethos popular pode ser melhor apalpado através de um exemplo concreto. Há uns quinze anos, iniciando um trabalho junto a uma população extremamente pobre, sofri uma espécie de pane provocada pelo choque entre minha compreensão moral e a moral vivida pelo povo. Não que me iludisse sobre a distância que vai entre a teologia e a prática. O que me chocou foram as proporções numéricas. Que um ou outro “casal” não fosse casado, tudo bem. Mas constatei que pouquíssimos dos fiéis eram oficialmente casados. E fiquei me interrogando sobre os porquês.
Passaram-se meses. Só depois de certo tempo descobri um dos muitos porquês: apesar de viverem nas proximidades do Rio de Janeiro, poucos eram os que tinham certidão de nascimento. Menos ainda os detentores de carteira de identidade. O juiz de direito e o padre mais próximos eram quase inacessíveis, por falta de estrada. Mas nem assim me deixei de perguntar por que eles não vieram correndo para “regularizar” sua situação. Agora o padre estava ali… E, ainda por cima, os poucos que me procuraram, estranharam aquela proverbial saída: “Vamos colocar todo o passado nas mãos de Deus…” Uma pessoa mais desperta coroou minha perplexidade: “Padre, porque, é que o senhor insiste tanto em nos casar e ainda fala como se estivéssemos vivendo em pecado? Nós estamos vivendo do melhor modo possível”. Eis aí uma amostra do que significa “ethos popular”.
2.2. Como trabalhar o ethos popular?
Um dos traços mais marcantes do evangelho é o de ele traçar um só caminho. Jesus se apresenta como sendo esse caminho. O ideal é um só. Não há um ideal para os ricos e outro para os pobres; um ideal para os sábios e outro para os simples. Também os mandamentos são os mesmos para todos. Daí se segue que inculturação, no sentido tomado acima, não significa apresentar outra proposta para as famílias e casais, sejam incompletos, não estruturados ou desestruturados.
Entretanto, por trás dessa aparente uniformidade se escondem alguns problemas. O primeiro deles já vinha apontado pelos antigos manuais: é ignorância invencível. Há pessoas que simplesmente não têm capacidade para compreender uma exigência moral. Isso ao menos enquanto alguém não os ajude a sair dessa condição. O segundo é que nem todos sentem o “estalo” ao mesmo tempo. Para uns acontece mais cedo, para outros mais tarde. Quanto a isso, dificilmente alguém poderá discordar. Mas o que constitui propriamente um problema, e nem sempre é percebido, é o de como chegar lá. É a questão pedagógica.
Talvez se pudesse traçar um paralelo com a evangelização, por exemplo, de um povo indígena. Há os que julgam que se deve deixar as coisas como estão. Sucede, porém, que nem o Cristo justifica quem quer que seja, nem nos chama para justificarmos quem quer que seja. Cristo sempre interpela a todos e em todas as situações. Outros julgam que é preciso pregar o ideal, denunciar os erros e “cobrar comportamentos”. Mas seria esse o caminho mais evangélico? Que resultados se poderiam esperar, diante de tantas situações, ao menos aparentemente irreversíveis? Há, finalmente, também os que, partindo do ethos cultural vigente, em que indiscutivelmente se encontram muitas “sementes do Verbo”, preferem ir, pacientemente, abrindo caminho. “Abrir caminho” não quer dizer outra coisa senão ir desvelando o Cristo, sua mensagem, naquilo que eles são: uma boa notícia para todos, não importa se “justos” ou pecadores. Tanto uns quanto outros deverão trilhar o caminho da conversão, ou seja, de uma adesão profunda ao Cristo. Todos têm de caminhar, na medida de suas possibilidades.
Contudo, só o fascínio pelo Cristo e sua mensagem não parece suficiente, justamente quando não existem condições concretas. É nesta altura que se evidencia um traço que deve caracterizar uma pastoral familiar: ela não pode se contentar nem com a denúncia dos erros, nem com o anúncio da Verdade; antes, deve empenhar-se para criar condições de possibilidades concretas. Só assim poderá se transformar em boa-nova e encorajar os desanimados. É próprio do moralismo farisaico impor obrigações sem indicar como chegar lá…
3. Algumas implicações práticas
É muito difícil avaliar quantos vivem em condições familiares precárias. Mas basta pensar nos milhões de menores e sofredores de rua; nos milhares de mães solteiras; de mães abandonadas; nos inúmeros núcleos conjugais não oficializados; nos desquitados; nos recasados. É inútil procurar certezas nas nossas estatísticas: para essas são casados os que não se declaram solteiros. Em tom de brincadeira, alguém costuma dizer que a parábola da ovelha perdida deve, hoje, ser contada às avessas: uma ovelha continua no redil, e noventa e nove andam por aí! Deixando de lado a brincadeira, o que fazer, pastoralmente, com essas multidões? Ninguém é detentor de soluções mágicas. Mas se poderiam aventar duas decorrências importantes das observações feitas acima. A primeira é a de não se escandalizar; a segunda é a de chamar os “aleijados” para participarem da festa do Senhor.
3.1. Não se escandalizar
Víamos que o casal e a família não se estruturam no ar: sempre remetem para um contexto religioso, socioeconômico e cultural. Pois bem, enquanto as condições básicas não forem substancialmente alteradas, é difícil imaginar que o sejam as condições familiares. E o saneamento das estruturas de pecado, vigentes entre nós, requer muito trabalho e muito tempo.
Mas há outro fator que nem sempre é levado em devida consideração: o fator histórico. Normalmente a pastoral da família trabalhava com o arquétipo de uma espécie de família, mais sólida, que se instalou no Brasil em fins do século passado e nos inícios deste. Esqueci que nossa história familiar é muito semelhante à nossa história econômica e política: nossas casas foram construídas sobre a areia. O ditado “ultra tropicum non est peccatum” é muito elucidativo. Fomos nos constituindo aos trancos e barrancos. Basta pensar nos vários ciclos econômicos, a partir do primeiro: os homens percorriam os mais diferentes lugares do Brasil, deixando filhos um pouco por toda a parte. Pensemos no que significou a escravatura em termos familiares: aos brancos não interessavam casamentos sólidos, já que as “peças” não eram vendáveis separadamente. E tanto os senhores quanto seus filhos sempre viram nas negras e nas índias presas fáceis. Ainda hoje, sem falar diretamente da prostituição como fenômeno social, existem regiões onde, mal se esboçam os primeiros traços de puberdade, a menina já é avaliada com frases grosseiras, mas bem expressivas: “está boa para o corte”. E, ainda por cima, até que os pais se dão por satisfeitos quando a filha encontrou um homem!
Ademais, não podemos nos esquecer de que, se oficialmente os mais pobres em geral assumiram e assumem a “moral da Igreja”, na prática quase sempre deram “um jeitinho”. E hoje a chamada “cultura da modernidade”, que privilegia a subjetividade, particularmente em termos sexuais, vem reforçar um liberalismo desde há muito presente entre nós. Acrescente-se ainda a verdadeira mania de “importar” do Primeiro Mundo tudo aquilo que existe de pior. Seria uma espécie de acertar o passo com o “progresso”.
Diante desse quadro, não há por que se escandalizar. O que se faz necessário é partir dessa situação de fato para evangelizar com redobrado ardor. Só evangeliza verdadeiramente quem toma como ponto de partida uma determinada realidade, e não o que gostaríamos que fosse.
3.2. Chamar os aleijados
A parábola dos convidados às bodas é, nesse particular, muito ilustrativa da pastoral familiar. É preciso sair pelos becos e chamar justamente os “aleijados” da vida. Não se trata, evidentemente de empurrar todos, de modo imediato, para os sacramentos. Existem condições prévias para isso. Trata-se, antes, de fazê-los compreender que Jesus veio para salvar a todos, a começar dos “pecadores” e dos “doentes”. Até a samaritana, com seus muitos maridos, encontrou a água viva. Trata-se de fazê-los compreender que a Igreja não é destinada aos perfeitos, mas é justamente a casa do Pai, que se abre para todos os de boa vontade.
Talvez o melhor caminho não seja o de ficar avaliando os que vivem em condições “normais” ou “especiais”. Caso contrário, em algumas regiões, corremos o risco de ficar quase sozinhos. Existem vários graus de participação na vida da Igreja: há espaço para todos, e cada um contribui de acordo com suas possibilidades. É bem provável que muitos nunca chegarão às condições de uma participação plena, mas poderão recobrar ânimo e se sentir convocados por Deus na exata medida em que forem acolhidos como são: filhos e filhas de Deus, e, portanto, nossos irmãos e irmãs.
Novamente, não pertence à pastoral familiar “aprovar” ou “reprovar” ninguém: cabe a ela desvelar a beleza de uma vida cristã em todos os aspectos da vida, no caso de uma vida conjugal e familiar pautadas no evangelho. Cabe a ela mostrar que isso é possível e que está pronta a estender a mão para todos os que estão dispostos a caminhar.
4. Conclusão
Em termos de pastoral familiar é difícil tirar uma conclusão. Apesar do muito que se aprendeu e caminhou, há ainda muito mais para aprender e para caminhar. O texto da Campanha da Fraternidade oferece bons subsídios, seja em termos de compreensão da realidade, seja em termos de iluminação teológica, seja ainda em termos de pistas concretas. Mas duas coisas nos parecem urgentes para que a pastoral familiar supere certo complexo de inferioridade diante das demais pastorais.
A primeira é que seja entendida em toda a sua abrangência, superando os limites interpessoais e se projetando para a sociedade. Isso implica não confundir a pastoral familiar com os Movimentos e com o relativamente pequeno círculo por eles atingido. Muitos fazem até um bom trabalho; outros deverão se converter para uma compreensão mais adequada do que seja pastoral familiar dentro de uma pastoral de conjunto. Não podemos alimentar apenas as ovelhas bem nutridas e pensar apenas nos que já se julgam salvos. Pelo contrário, o Bom Pastor diz que veio justamente para os que se julgam perdidos.
A segunda coisa que nos parece importante, e que se depreende da primeira, é que a pastoral familiar deverá sempre mais ser uma espécie de detector dos muitos valores que se encontram presentes mesmo em famílias não estruturadas ou desestruturadas. Nesse sentido, importa não confundir modelos familiares, que podem ser diferentes, com um único ideal familiar. Há muitas atitudes encontradas nos estratos populares que, num primeiro momento, podem surpreender os que provêm de padrões familiares de classe média. Aqui se passa algo de parecido com alguém que vai trabalhar entre nossos índios, ou então em missões no interior da África. Nem tudo o que nos soa de modo estranho é logo inconciliável com o evangelho. E, até pelo contrário, os valores evangélicos podem estar vivos e atuantes, apenas revestidos de outras roupagens. Trata-se, claro, de um penoso processo de discernimento; mas sem isso corremos o risco de pensar que tudo é joio, quando na realidade existe muito trigo.
Fr. Antônio Moser