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Publicado em maio-junho de 2024 - ano 65 - número 357 - pp.: 28-36

A implementação da Animação Bíblica da Pastoral à luz da Exortação Verbum Domini

Por Ir. Izabel Patuzzo, pime*

A presente reflexão teológico-pastoral expõe, de modo sucinto, a implementação da Animação Bíblica da Pastoral à luz da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini, seus frutos e desafios. O movimento bíblico que precede e sucede ao Concílio Vaticano II teve um papel importante no resgate da centralidade da Palavra de Deus, como alma não apenas da teologia, mas também de todo agir pastoral da Igreja. A implantação da Animação Bíblica da Pastoral em muitas realidades eclesiais ainda é um processo em gestação, embora a Igreja, por mais de uma década, venha considerando-a como uma de suas prioridades. A Exortação Apostólica Verbum Domini propõe a superação de uma pastoral bíblica restrita a pequenos grupos no seio das comunidades para abraçar uma animação bíblica de toda a ação pastoral.

 

Introdução

O movimento de resgate da Sagrada Escritura como fonte da teologia e da ação evangelizadora da Igreja precede ao Concílio Vaticano II, culminando com a Constituição Dogmática Dei Verbum. Um paradigma teológico-pastoral centrado em uma catequese evangelizadora de cunho doutrinal foi, aos poucos, cedendo lugar a uma catequese mais bíblica. O movimento bíblico teve também um papel fundamental na recepção e nos desenvolvimentos pós-conciliares, sobretudo nas conferências episcopais nos continentes.

Não obstante, a mentalidade de pastoral bíblica perdurou por décadas na Igreja. No continente latino-americano, por muito tempo o estudo das Escrituras permaneceu restrito a pequenos grupos, como se a aproximação da Palavra de Deus não fosse para todos os batizados. A evangelização, em nosso continente, foi marcada por um modelo catequético fortemente doutrinal, centrado no Catecismo da Igreja e pouco bíblico. A mudança do paradigma de uma pastoral de cristandade, fundamentada em uma eclesiologia eminentemente doutrinal, para uma concepção de Igreja “povo de Deus”, que se reúne ao redor da Palavra, tem apresentado desafios internos e externos à pastoral orgânica.

Na América Latina, um número significativo de conferências episcopais tem buscado, no último decênio, dar uma resposta efetiva ao convite da Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum Domini para assumir a Animação Bíblica da Pastoral. Esta não deve ser colocada em justaposição com outras formas de pastoral, mas ser uma ação transversal que perpassa toda ação evangelizadora (VD 73). Os frutos da caminhada dessa implementação são resultados da constituição de comissões específicas para a Animação Bíblica da Pastoral (ABP). No Brasil, ainda não temos uma comissão pastoral para a Animação Bíblica da Pastoral, mas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sob o impulso da VD, publicou em 2012 o Documento 97, que indica três ações pastorais fundamentais em vista de implementar a ABP: constituir comissões ou equipes que trabalhem em rede, inseridas na pastoral de conjunto, para implementar a ABP; formar equipes de assessoria da ABP; formação bíblica sistemática e permanente para todos os agentes de pastorais (CNBB, 2012, n. 69).

Depois de aproximadamente uma década, a Assembleia Geral da CNBB, em 2021, retomou a reflexão sobre a importância da ABP em toda a ação evangelizadora da Igreja, publicando outro documento sobre a ABP: “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das Comunidades Eclesiais Missionárias (Doc. 111). Porém, na avaliação realizada nos regionais da CNBB, constatou-se que, de fato, a implantação da ABP ainda não se efetivou de fato. As comunidades eclesiais missionárias ainda não superaram a mentalidade de pastoral bíblica, e o estudo sistemático e permanente da Palavra de Deus ainda é algo reservado a pequenos grupos. A mudança de mentalidade é um desafio interno, em virtude de um modelo pastoral com maior ênfase na doutrina do que na Palavra de Deus.

Para que a Palavra de Deus seja o elemento fontal de toda a ação evangelizadora da Igreja e todas as atividades pastorais se alimentem da força dessa Palavra, é necessário proporcionar a todos os batizados, sobretudo aos que atuam nas diversas pastorais, uma espiritualidade profundamente bíblica; formar equipes de ABP em todos os níveis da organização da Igreja (nacional, regional, diocesano, paroquial e comunitário); inserir a ABP na pastoral de conjunto, envolvendo todos os agentes de pastorais; superar a mentalidade de pastoral bíblica, que atribui apenas à Iniciação à Vida Cristã a tarefa da Animação Bíblica da Pastoral.

1. Uma espiritualidade centrada na Palavra de Deus

O Documento de Aparecida fala de três aspectos fundamentais da ABP que favorecem uma espiritualidade bíblica: as comunidades eclesiais missionárias devem ser escola de interpretação e conhecimento da mensagem revelada na Sagrada Escritura; devem ser escola de comunhão com Jesus e de oração, pois oram com a Palavra como um modo especial de encontrar-se com Jesus Cristo; devem ser escola de evangelização inculturada, transformando a realidade de sua vida a partir da Palavra (DAp 248). Assumir essa espiritualidade, cuja fonte primordial é a Palavra de Deus, significa retornar às fontes do cristianismo, à pratica de Jesus com seus discípulos: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar pleno cumprimento” (Mt 5,17). As primeiras comunidades cristãs nasceram e se desenvolveram ao redor da Palavra: “E a Palavra de Deus crescia. O número dos discípulos multiplicava-se enormemente em Jerusalém, e considerável grupo de sacerdotes obedecia à fé” (At 6,7).

Os primeiros cristãos foram testemunhas credíveis de Jesus, porque permaneceram arraigados nele e em seu ensinamento. Seguiram adiante com a missão de anunciar a Palavra por meio do anúncio e do testemunho, porque a vida deles estava profundamente permeada pela experiência do caminho do discipulado e do encontro com o Ressuscitado. Eles haviam se alimentado de sua Palavra, porque o próprio Jesus lhes havia ensinado a intimidade com as Escrituras. Pode-se dizer que as primeiras comunidades dos discípulos se formaram ao redor da Palavra e foram capazes de sofrer perseguições por causa dela, porque sua espiritualidade estava fundamentada no encontro com a pessoa de Jesus, alicerçada no Cristo Palavra de Deus Pai.

O processo de conversão pastoral e a transformação missionária que a Igreja deseja realizar exigem que todos os discípulos e discípulas se encontrem continuamente com Jesus Cristo na Palavra e na Eucaristia. Tal conversão supõe a superação de mentalidades, práticas e estilos pastorais que se distanciam de Jesus, de seu Evangelho e do rosto de Deus revelado por ele. Isso implica avaliar itinerários catequéticos e ações pastorais que não privilegiam a formação bíblica e o encontro com a Palavra de Deus, como os conteúdos, os espaços das diversas etapas da catequese, as celebrações litúrgicas e as celebrações dos sacramentos, as adorações eucarísticas, procissões, subsídios de oração, novenas, mensagens nas redes digitais, etc., para que estejam em sintonia com Jesus e sua prática de serviço ao Reino de Deus.

Por isso, sem uma espiritualidade centrada na Palavra de Deus, corre-se o risco de cair no individualismo e no subjetivismo, os quais, em lugar de promover uma prática religiosa fundamentada em Jesus Cristo e inserida numa comunidade de fé, fomentam o fechamento em grupos separados que não se põem a serviço da comunhão, provocando profundas divisões e promovendo uma espiritualidade de competição, além de críticas destrutivas, tão prejudiciais à Igreja.

Nesse sentido, é necessário insistir que a ABP almeja que, em todas as pastorais, se cultive o verdadeiro espírito genuíno dos textos sagrados com uma formação permanente e sistemática da Bíblia para todos os batizados que atuam nas mais diversas ações evangelizadoras; que, concretamente, todos os agentes de pastorais tenham a possiblidade de viver a experiência pessoal do encontro com Jesus Cristo na Eucaristia e na Palavra, lembrando que muitas comunidades eclesiais missionárias se alimentam essencialmente de Jesus Cristo Palavra porque não têm a possibilidade de participar da celebração eucarística.

2. Os âmbitos de atuação das equipes de Animação Bíblica da Pastoral

As Sagradas Escrituras são o testemunho escrito da Palavra divina, o memorial canônico que testemunha o acontecimento da revelação. A Palavra de Deus, portanto, precede e excede a Bíblia. É por isso que nossa fé não coloca no centro apenas um livro, mas toda a história da salvação e tudo sobre a pessoa de Jesus Cristo, Palavra de Deus encarnada. É preciso situar-se na corrente da grande Tradição, que, sob a assistência do Espírito Santo e a orientação do magistério, reconheceu os escritos canônicos como Palavra dirigida por Deus ao seu povo e nunca deixou de meditá-los e descobrir neles riquezas insondáveis. A experiência do Deus Trindade, mistério de comunhão e amor na diversidade, nutre a vida, os vínculos, a espiritualidade e a missão de todas as atividades pastorais de nossas comunidades. As equipes de ABP põem-se a serviço, para que a leitura comunitária da Palavra de Deus seja fonte de vida e esperança daqueles que depositam sua confiança em Deus.

Os Evangelhos nos mostram Jesus de Nazaré trabalhando em equipe no serviço a Deus e a seu povo. Começou com quatro discípulos, depois formou os doze, mais tarde chamou os setenta e dois
(Lc 10,1-9) e, finalmente, convocou todos os seus discípulos e discípulas para o anúncio do Evangelho a todos os povos, fazendo novos discípulos (Mt 28,16-20). Diante de práticas evangelizadoras demasiadamente personalistas e com pastorais que não se comunicam e dialogam entre si, voltar ao exemplo de Jesus como aquele que nos inspira e orienta para um serviço ao povo e ao Evangelho, realizado em equipe, ajuda-nos a construir comunidades missionárias, que se alimentam da Palavra. Desejamos construir comunidade vivas, nas quais todos os membros e grupos caminhem juntos, na sinodalidade, com objetivos, itinerários, processos e opções pastorais elaborados, discernidos e avaliados em comum, à luz do Espírito.

A Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum Domini incentiva toda a Igreja a construir comunidades vivas ao redor da Palavra de Deus. Exorta todos os pastores e fiéis a considerar a importância da ABP. Nesse sentido, as equipes de animação pastoral exercem um papel fundamental no serviço de coordenação e acompanhamento das ações evangelizadoras das comunidades e âmbitos de participação eclesial.

Na compreensão eclesiológica de uma pastoral orgânica, a Palavra de Deus, Caminho, Verdade e Vida, não pode ser concebida como assunto específico de uma pastoral, e sim de todo o povo de Deus, já que é uma mediação fundamental para o encontro com Jesus Cristo e sua Boa Notícia. A Sagrada Escritura é transversal a toda a ação pastoral e todas as pastorais, e nos orienta e conduz ao encontro vivo com Jesus, à vida em comum e à participação na construção de uma sociedade mais justa. As equipes de ABP, atuando junto aos conselhos pastorais e assembleias pastorais, são mediações para o discernimento no Espírito para as possíveis respostas pastorais, em conexão com os desafios que brotam da vida cotidiana, da vida eclesial e do contexto sociocultural em que participamos. Em seus diversos níveis, as equipes de ABP devem ajudar todas as pastorais para que todos os seus agentes possam nutrir-se com a Palavra de Deus, fonte e alma da teologia e de toda ação evangelizadora.

3. Animação Bíblica da Pastoral inteira

O Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja nos exorta a superar a mentalidade de pastoral bíblica, afirmando que a Animação Bíblica da Pastoral inteira não consiste em acrescentar encontros na diocese, paróquia ou comunidade que incluam a formação bíblica, mas sim em tomar a peito o encontro pessoal com Jesus Cristo nas Escrituras (DV 73). Portanto, entender a centralidade da Palavra de Deus como seiva que nutre a vida, a espiritualidade e a missão de uma Igreja samaritana, profética, compassiva, em saída para as periferias geográficas e existenciais, em vista do anúncio e testemunho do Evangelho de Jesus hoje em nossa sociedade, tem sido uma das grandes preocupações da Igreja, expressa nos documentos e em suas orientações pastorais.

O longo caminho percorrido de redescoberta da Palavra de Deus na vida e missão da Igreja passou por uma recepção “a conta-gotas”. A mudança do paradigma de uma pastoral de cristandade, fundamentada em uma eclesiologia fortemente doutrinal, para uma concepção de Igreja “povo de Deus”, que se reúne ao redor da Palavra, tem apresentado desafios internos e externos à pastoral orgânica. Superar os limites de uma formação catequética centrada na doutrina, mas com pouco conhecimento da Palavra de Deus, é um dos grandes percalços para uma conversão pastoral que forme discípulos missionários.

O processo de conversão pastoral e renovação missionária de nossa Igreja deve ter como prioridade o primeiro anúncio do Evangelho. A Boa Notícia de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré. Durante muito tempo, vem-se insistindo sobre a importância de tornar a encontrar Jesus e seu Evangelho. É preciso recuperar a categoria “encontro com Cristo Palavra” para possibilitar a proclamação do querigma às pessoas de hoje. Testemunhar Jesus, ali onde ele se deixa encontrar, é algo muito mais profundo que aprender algumas doutrinas, ritos ou práticas religiosas externas. É o encontro com a pessoa de Jesus que gera uma boa notícia de alegria (Lc 2,10-11), um convite à conversão e à transformação de nossos modos de nos vincularmos com Deus, com os demais, com nós mesmos e com a sociedade (Mc 1,15). Em muitos contextos em que o Evangelho permeia a vida e a práxis pastoral, certas concepções, práticas, vínculos, mentalidades respondem não com acolhimento, mas com recusas e oposições, até pelos mais próximos (cf. Mt 16,21-23; Jo 13,21-26; 16,2-3). Normalmente, é daí que procedem algumas resistências às mudanças e a não adesão a um modelo de Igreja sinodal, preferindo um modelo no qual cada um, ou cada pastoral e ministério, se preocupa apenas em manter seu próprio domínio.

O papa Francisco tem insistido que precisamos abandonar o cômodo critério segundo o qual “sempre foi feito assim”, principalmente quando as práticas não estão em sintonia com o Evangelho. O vinho novo de Jesus necessita encontrar disposições, corações, estruturas, estilos pastorais que possibilitem tocá-lo na vida cotidiana. A Igreja primitiva nos deixou o testemunho de como o encontro com Jesus marcou um antes e um depois: houve um novo começo, uma mudança de vida, uma conversão marcada pela adesão ao querigma da Boa Notícia.

O processo de conversão pastoral e de transformação missionária concebido segundo a eclesiologia do Concílio Vaticano II e retomada nos documentos posteriores, particularmente na Verbum Domini e nos textos conclusivos das Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano, supõe que, em sua ação evangelizadora, a Palavra de Deus seja a mediação insubstituível do encontro com Jesus Cristo. Nesse sentido, a Bíblia deve ser a fonte de inspiração para todas as pastorais. Tal processo requer mudanças de estruturas.

Em nossa Igreja, existem diversas experiências de pequenas comunidades eclesiais missionárias que se reúnem ao redor da Palavra de Deus. Estas são espaços de encontro com Jesus vivo, mesas fraternas de escuta da Palavra de Deus, de fortalecimento de vínculos, de discípulos que aprendem do Mestre, da leitura da Bíblia conectada com a vida cotidiana e social, de oração e compromissos, discernidos à luz do Espírito. Entretanto, essa experiência tem sido marcada por uma diversidade de compreensão dessa nova maneira de conceber a dimensão bíblica na ação pastoral e na organização estrutural dentro das conferências episcopais. Essa multiplicidade, por um lado, é expressão dos contextos eclesiais tão diferentes neste continente; por outro, é também resultado de uma compreensão diversificada do conceito e missão da Animação Bíblica da Pastoral. Isso ocorre porque a unidade da Igreja não é uniformidade, mas integração orgânica de diversidades legítimas. Um exemplo dessa diversidade são as instituições de comissões específicas para a ABP adotadas por várias conferências episcopais da América Latina, enquanto outras seguem caminhos distintos.

Em virtude da longa tradição de uma evangelização em moldes colonialistas, na qual a aproximação com a Palavra de Deus esteve ausente por séculos, ainda perdura a mentalidade segundo a qual a formação bíblica sistemática e permanente é assunto de uns poucos encarregados da Bíblia. Na compreensão eclesiológica pós-conciliar, não se pode conceber que a ABP seja tarefa específica de uma pastoral ou que essa missão seja delegada apenas à catequese de iniciação à vida cristã, como em muitas realidades eclesiais. Essa é uma missão de todo o povo de Deus, já que é uma mediação fundamental para o encontro com Jesus Cristo e sua Boa Notícia. A Palavra de Deus é transversal a toda a ação pastoral e todas as pastorais; ela nos orienta para o encontro vivo com Jesus, para a vida em comum e na sociedade.

Conclusão

A animação bíblica, assim entendida, é muito mais que ler a Bíblia ou citá-la de maneira fundamentalista. Mesmo no tempo de Jesus, havia grupos religiosos que empregavam as Escrituras para discriminar e excluir pessoas, legitimar a violência, a difamação, a perseguição, como encontramos nos relatos dos quatro Evangelhos, e, em nosso tempo atual, diversas mensagens viralizadas nas redes sociais fazem de modo semelhante. É necessário que as Sagradas Escrituras sejam interpretadas à luz da pessoa e da prática de Jesus de Nazaré, que veio para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10,10); que colocou a pessoa humana acima de todas as leis, normas e ritos religiosos ou culturais (Mc 2,27-28); que empregou as Escrituras na sua relação com Deus Pai, misericordioso e compassivo, libertador e fonte de vida para seu povo e toda a sua criação.

O magistério da Igreja e as conferências episcopais têm proposto, com muita insistência, que a animação bíblica seja uma realidade efetiva em toda ação pastoral, mas na prática a implementação proposta pelos documentos ainda é um caminho a percorrer em muitos regionais, dioceses, paróquias e comunidades. É necessário passar das orientações escritas para a práxis pastoral. Para que a Palavra de Deus se torne fonte geradora de encontros salvíficos, todos os agentes de pastoral devem se colocar continuamente como discípulos ouvintes da Palavra, para que o diálogo com Deus possa ser a fonte de comunhão entre todos aqueles que se põem a serviço do seu povo.

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Ir. Izabel Patuzzo, pime*

*pertence à Congregação Missionárias da Imaculada. Mestre em Aconselhamento Social pela South Australian University e em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Licenciada em Filosofia e Teologia pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção. Doutora em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. E-mail: [email protected]