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Publicado em janeiro-fevereiro de 2011 - ano 52 - número 276

Cuidado: no encontro interpessoal, o cultivo da vida

Por Elma Zoboli

Na saúde, “cuidado” é uma palavra com diversos entendimentos. Um deles contrapõe curar e cuidar, sendo o cuidado visto aí como “prêmio de consolação” para quando a medicina perde a batalha contra a morte. Esquece-se que a finitude é algo inerente à concretude da vida humana e, por isso, cuidamos sempre e curamos frequentemente, mas não sempre. O cuidado é entendido também como atenção biológica avaliada por resultados fisiológicos a serem alcançados. O trato humano é outro uso comum da palavra cuidado, expressando a incorporação de um modo humano de agir aos conhecimentos e às habilidades profissionais no intuito de humanizar a saúde. Englobando todos, está o cuidado como referencial ético para a saúde. Como proposta ética, o cuidado não é apenas um dos elementos da atenção em saúde, mas seu mote, sua razão de ser.

Para a noção da ética do cuidado, ao longo da história da humanidade, contribuíram várias abordagens: mitológica, filosófica, psicológica, literária. Isso revela que não há uma ideia única de cuidado, mas um conjunto de noções unidas por sentimentos, narrativas e temas recorrentes.

Em geral, o cuidado é qualquer ação que contribui para que as pessoas e os grupos possam viver bem, ou seja, é o que promove e fomenta a “boa vida” e “boa saúde”. Cuidar constitui ato de vida, pois a vida que não é cuidada morre: plantas, animais e pessoas. Também as relações humanas, que constituem a própria vida humana, se não cuidadas, fenecem: amizade, amor conjugal, relações familiares, relação profissional de saúde-paciente, relação da equipe multiprofissional.

O cuidado “consiste em esforços transpessoais de ser humano para ser humano no sentido de proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando as pessoas a encontrar significado na doença, no sofrimento e na dor, bem como na existência”.

 

1. Origens do cuidado

A palavra “cuidado” deriva do latim cura ou coera, termos que, usados em um contexto de relações de apreço e amizade, expressavam atitude de cuidado, desvelo, preocupação e inquietação para com a pessoa querida ou um objeto de estimação. Também remete a cogitare-cogitatus, que significa cogitar, pensar, dispensar atenção, mostrar interesse, revelar uma atitude de desvelo e preocupação.

Assim, já em sua origem etimológica, “cuidado” traz duas significações, intrinsecamente unidas: a) a atitude de desvelo, solicitude, atenção para com o outro; b) a preocupação e a inquietação decorrentes de sentir-nos responsáveis pelo outro, em virtude de nos reconhecermos copartícipes, interdependentes de uma rede de vida que se entrelaça em um “todo” orgânico, complexo e dialético. Os seres humanos formam uma teia de relações vitais pela qual são corresponsáveis e da qual são codependentes, podendo potenciar ou ameaçar a vida.

 

2. Cuidado: a essência do ser

 

O cuidado como proposta ética corresponde a uma atitude, a um modo-de-ser-no-mundo. É a maneira pela qual a pessoa estrutura e funda suas relações com as coisas, com os outros, com o mundo e consigo mesma. É uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilização radical e aproximação vincular com o outro que compartilha – e ao mesmo tempo possibilita – a sensibilidade à experiência humana e o reconhecimento do outro como pessoa e como sujeito digno.

São essenciais para a compreensão do cuidado:

 

– a consciência da conexão entre as pessoas, reconhecendo a responsabilidade de uns pelos outros;

– a convicção de que a comunicação é o modo de solucionar os conflitos.

 

Essa perspectiva, por acreditar na solução não violenta de conflitos, não considera as pessoas envolvidas em questões éticas como adversários em uma pendência de direitos, mas entende que o caminho para soluções duradouras, em vez da violência, é o diálogo incansável, a tolerância constante e a busca permanente de convergência nas diversidades. A solução dos conflitos, então, consiste em ativar essa rede de relações pela comunicação cooperativa e não competitiva, visando à inclusão de todos mediante a potencialização positiva das relações em vez do rompimento das conexões. Os conflitos éticos são problemas que envolvem as relações humanas, e a violência é destrutiva para todos. A paz é simultaneamente método e meta do cuidado de todos por todos. O juízo moral não pode se pautar exclusivamente pelas regras, em uma abordagem formal e abstrata; ao contrário, tem de se guiar por uma abordagem contextual e narrativa nutrida por uma vida vivida de forma suficientemente intensa para criar uma paixão pelo humano.

As atividades de cuidado são as que fazem o mundo social seguro, evitando o isolamento e prevenindo a agressão, e, portanto, não correspondem à mera enunciação de regras limitantes da abrangência dos atos agressivos. Nessa perspectiva, a agressão deixa de ser entendida como um impulso incontrolável que deve ser contido para ser vista como um sinal de ruptura na conexão, de falha no relacionamento. O ideal do cuidado consiste, então, em uma atividade de relacionamento, de perceber as necessidades e responder a elas, de tomar conta do mundo, buscando a manutenção da teia de conexão, de modo que ninguém seja deixado sozinho.

 

3. A essência do cuidado na saúde

Os profissionais de saúde que tomam o cuidado como modo-de-ser-no-mundo não “prestam cuidado”, mas “são cuidado”. O cuidado, na saúde, é atitude essencial para determinar ações que inerentemente visem fomentar uma existência saudável do outro ou da comunidade.

Distinguem-se dois modos-de-ser-no-mundo: trabalho e cuidado. O “modo-de-ser-no-mundo trabalho” é intervencionista, em uma interação tecnicista que configura a dominação das coisas e das pessoas para pô-las a serviço dos interesses de terceiros. Para alcançar objetivos utilitários, divide a realidade a fim de enfraquecê-la e subjugá-la por meio de poder agressivo.

No “modo-de-ser-no-mundo cuidado”, a relação não é sujeito-objeto, mas sujeito-sujeito. Não se almeja “domínio sobre”, mas “convivência com”, em uma proximidade, uma acolhida do outro, sentindo-o, respeitando-o, provendo-lhe sossego e repouso. A experiência que se vive é a do valor intrínseco das pessoas.

Esses dois modos-de-ser-no-mundo não se opõem: complementam-se. Negar o cuidado leva à desumanização e ao embrutecimento das relações, mas seu exagero resulta na preocupação obsessiva por tudo e por todos, em uma “responsabilidade imobilizadora”. Cuidar é a essência do humano, mas o humano não é apenas cuidado.

O grande desafio é combinar cuidado e trabalho, considerando a integralidade da experiência humana na atenção à saúde. Como fazê-lo? Em que medida lançar mão de cada um? A resposta não está em uma “receita pronta”, mas tem de ser construída diariamente em profunda sensibilidade, comunhão e sintonia com a própria vida; em uma atmosfera de cuidado e mútua responsabilidade solidária.

Os profissionais de saúde, sob a inspiração da alteridade, têm de encontrar mediações técnicas, procedimentos, instrumentos, condições organizacionais e processos de trabalho que, considerando o alcance e as possibilidades das situações particulares, levem à máxima concretização do cuidado possível.

O compromisso, a reflexão e a conduta éticos fundamentam-se na dignidade da pessoa. Assim, o eixo verdadeiro do encontro entre profissional de saúde e paciente está em uma relação interpessoal, em que um e outro se reconhecem pessoas em relação de ajuda.

O fundamental na ética do cuidado é empenhar-se na compreensão do outro e sua realidade, saindo de si mesmo para abrir-se e acolher o outro. O profissional sente-se chamado a agir no sentido da eliminação do intolerável, da redução do sofrimento, da atenção às necessidades, da atualização de sonhos.

 

4. As dimensões da ação em saúde: tratar e cuidar

As ações em saúde têm duas dimensões: uma técnica, relacionada com o diagnóstico e o tratamento, que pode ser designada como “tratar”, e outra mais voltada à pessoa em sua integralidade, o “cuidar”. Equivalem, na saúde, ao “modo-de-ser trabalho” e ao “modo-de-ser cuidado”.

No “tratar”, executam-se procedimentos técnicos e especializados, tendo em vista a doença e a finalidade principal de reparar órgãos doentes na busca da cura. Pensa-se no doente, mas esquecendo-se de sua integralidade como pessoa. As necessidades físicas, especialmente as relativas à doença, recebem atenção, mas as que ultrapassam esse âmbito, como as necessidades psicológicas e espirituais, muitas vezes são deixadas de lado.

O profissional que age guiado pelo “tratar” centra-se na doença, vendo o paciente como um conjunto de órgãos comprometidos em suas funções. Diante dele, age como um cientista ante seu objeto de estudo, entusiasmando-se pela situação clínica, especialmente se for incomum ou grave. A preocupação é agir com eficácia, empregando todos os meios diagnósticos e terapêuticos possíveis na única finalidade de vencer a luta contra a doença. O profissional tende a levar o doente a aceitar “tudo” para seu tratamento, que “promete cura”. A recusa do paciente a algo é vista como traição ou incompetência para decidir. Quando a cura não é possível, o profissional frustra-se, podendo até mesmo abandonar o doente – se não de fato, ao menos com seus comportamentos. No “tratar”, o paciente reduz-se a um diagnóstico feito por um profissional de saúde que se relaciona com um número de leito. Trata-se de apenas mais um caso.

O profissional de saúde, no “tratar”, prioriza e valoriza o aspecto técnico para tratar o doente com eficácia e competência, mas sem envolver-se emocionalmente. Conversar e ouvir a pessoa doente ou sua família não importa, pois não se pode “perder tempo” na execução rigorosa de todas as tarefas e técnicas para restabelecer a saúde, ainda que se gere mais sofrimento do que benefícios para o doente. Ser bom profissional significa não sentir compaixão e não revelar quaisquer sentimentos.

No mote do “cuidar”, o profissional de saúde presta atenção global e continuada a um doente, que é, antes de tudo, uma pessoa, um ser único e insubstituível. O trabalho centra-se em prover atenção ao que a pessoa necessite, e não somente ao requerido pela doença. O paciente não é só um caso a mais, mas uma pessoa única, singular, em uma situação particular, que carece e merece ser assistida de maneira individualizada, integral e respeitosa.

O profissional de saúde não se preocupa apenas em “tratar a doença” ou “aliviar os sinais e sintomas”, embora isso continue sendo parte importante de sua atenção. Sua presença não é meramente física ou profissional, mas de uma pessoa capaz de escutar, entender e acolher, em uma relação profissional-paciente de abertura, compreensão e confiança que valoriza – e possibilita – as decisões compartilhadas no cuidado.

No “cuidar” do outro, profissional e paciente são um fim em si mesmos e não meros meios para fins científicos, técnicos ou institucionais. Isso implica sensibilidade, interesse, respeito, atenção, compreensão, consideração e afeto para poder responder às vivências de aflição e sofrimento. O cuidado é compromisso que decorre de envolvimento; resulta em ação que inclui afeto, consideração e promoção do bem-estar do outro; enfim, permite o cultivo da vida.

A história de Joana, uma astronauta, e seus dois companheiros de viagem, Davi e Manolo, pode ilustrar as diferenças entre “cuidar” e “tratar”:

 

Enquanto Davi, Manolo e Joana estavam em órbita ao redor da Lua, ocorre um problema com o sistema de suporte de vida de Joana. Ela contata o controle geral, mas as tentativas de conserto falham e só resta manterem-se em contato, conversando, até que sua morte sobrevenha. Frente a isso, seus companheiros de viagem reagem de maneira diferente, denotando distintos modos-de-ser.

Manolo considera que tem para com Joana a obrigação de fazer todo o possível para salvá-la. Assim, refaz todas as tentativas que já se mostraram inúteis para corrigir o problema e, finalmente, quando está plenamente convencido de que nada mais pode ser feito, conclui que fez tudo que estava a seu alcance, que cumpriu sua obrigação, e, como não há mais nada a ser feito, retorna a seus outros afazeres.

Davi também tenta todo o possível para salvar a vida de Joana, mas, quando percebe que de fato nada pode ser feito para salvá-la, continua em seu cuidadoso compromisso com sua companheira: durante suas tentativas de salvá-la, imagina a situação de Joana; condói-se por seu sofrimento; espera que não esteja sofrendo demais; torce para que encontre pensamentos consoladores; deseja que saiba quanto ela significa para ele e quanto lamenta sua perda. Quando reconhece que nada pode ser feito, angustia-se e continua tomado por seus pensamentos e sentimentos relativos à Joana, embora não se empenhe mais em tentativas infrutíferas ou sem esperança, reconhecendo que a situação está definida, e permanece a seu lado até o fim.

 

Davi e Manolo agem de maneiras diferentes, embora executem as mesmas rotinas. Davi faz tudo em meio a uma resposta de vínculo, de acolhimento; demonstra cuidado, preocupação, responsabilidade para com Joana, e não somente um sentimento de dever. Por aliar “tratar” e “cuidar”, ilustra a atitude que possibilita aos profissionais de saúde ser eficientes e eficazes em seu trabalho e, ao mesmo tempo, manter-se fiéis na realização de um compromisso de cuidado.

Os pacientes percebem a conjugação de sentimentos e procedimentos técnicos, pois estes são executados com amor, carinho e dedicação. O “sentir-se cuidado” desperta no paciente sentimentos e emoções positivas, que favorecem sua autonomia e a retomada da vida.

O desafio de integrar trabalho e cuidado implica mesclar “tratar” e “cuidar” em uma aliança de procedimentos técnicos com ações de desvelo, atenção, respeito, acolhimento e preocupação. É fazer conviver as dimensões da produção e da técnica com o cuidado; da efetividade e da eficácia com a solidariedade, a gentileza e a cordialidade.

Por meio do toque e de procedimentos executados com destreza e habilidade, mas também com delicadeza e gentileza, o profissional de saúde demonstra quanto o corpo do paciente é precioso para si. Por meio de ações educativas e orientações competentes e claras, mas também cordiais, leais e dialógicas, o profissional familiariza o paciente com o que lhe era até então estranho e amedrontador. Com sua presença disponível à escuta e ao acolhimento, o profissional de saúde expressa sua preocupação e corresponsabilização pela saúde do paciente. E escuta-se mais com o coração do que com os ouvidos, pois escutar é abrir-se cordialmente ao outro, acolhendo.

Os profissionais de saúde precisam superar o modo de ser que os configura como operadores de técnicas, decifradores de exames, executores de rotinas, manuais e procedimentos para conceder direito de cidadania à sua capacidade de sentir o outro e aproximar-se dele. É preciso dar espaço à lógica da cordialidade, da gentileza, do acolhimento, e não só à lógica da conquista, da dominação e do uso utilitário dos outros.

Faz-se urgente a mútua acolhida, a abertura generosa que supõe o despojamento dos conceitos e preconceitos, pois só assim captamos a diferença como diferença e não como desigualdade ou inferioridade.

Isso significa renunciar à vontade de poder que reduz tudo e todos a objetos, desconectados da subjetividade humana, e ver a criança, o jovem, o adulto, o idoso – enfim, todo aquele que é assistido como pessoa – como sujeito em sua integralidade, pois é a pessoa em sua totalidade existencial que busca a atenção dos profissionais de saúde.

Significa impor limites à obsessão pela eficácia a qualquer custo, reconhecendo quando se deve parar e tendo humildade para admitir que se possa estar errado ou que não se saiba.

Significa derrubar a barreira da racionalidade fria e abstrata para dar lugar ao cuidado, deixando de se esconder atrás dos equipamentos, rotinas e procedimentos para escutar a voz, voltar-se para o rosto e olhar nos olhos da pessoa que clama por uma resposta a seu apelo de cuidado.

É urgente, então, assumir o cuidado como proposta ética, como atitude de solicitude e responsabilidade mútua nas ações, porque as estruturas humanas e sociais se preocupam cada vez menos com as pessoas e mais com a economia. Até mesmo os serviços de saúde estão cada vez mais preocupados com ganhos, pesquisas, tecnociência, inovações, contenção de custos, padronização de normas e procedimentos e têm se esquecido do mais valioso: as pessoas, sejam os profissionais, sejam os pacientes. As demais preocupações são necessárias, mas sua motivação e finalidade têm de ser a pessoa, e seu objetivo, alcançar a melhor atenção em saúde para a pessoa ou a comunidade.

A rede de conexões da qual depende a vida de todos e de cada um só poderá ser bem urdida se tentarmos a seguinte ordem: “o bem particular se ordena ao bem comum, a economia se submete à política, a política se rege pela ética e a ética se inspira numa espiritualidade, vale dizer, numa ótica nova acerca do universo, do lugar que o ser humano ocupa nele e do mistério da existência”. Há séculos temos inflacionado o campo da economia e da política e enfraquecido as esferas da ética e da espiritualidade, o que contribuiu para a crise civilizacional e para a perda de sentido e do horizonte utópico da história humana. É preciso empenho teórico e prático para resgatar a ética e a espiritualidade como bases da vida humana e planetária, com sustentabilidade e com um futuro.

A ética vai além da consciência profissional, tem a ver com o compromisso de cuidado. Enquanto a consciência profissional leva a pessoa a trabalhar duro para cumprir com as tarefas e os deveres e respeitar os princípios, o compromisso de cuidado cobra-lhe uma responsabilização radical pela promoção da autonomia e da cidadania das pessoas, pela viabilização do desenvolvimento pleno de suas capacidades, enfim, pela promoção de uma vida saudável para todos.

 

5. Por que se resiste ao cuidado?

 

O cuidado tem sido visto, no mundo moderno, apenas como uma cativante emoção ou uma frágil ideia, e a ética do cuidado tem tido o status de contracultura. É fácil compreendermos o porquê: ao apoiar sua visão da condição humana na capacidade de as pessoas importarem-se umas com as outras, com as coisas, com a comunidade, com a sociedade, com uma trajetória de vida e consigo próprias, a ética do cuidado confronta e desafia os sistemas de pensamento racionalistas, abstratos e impessoais que detêm abrangente ascendência e hegemonia social, ética, política e religiosa.

Ao tomar como aspecto central algo tão intangível e instável como a relação humana, a ética do cuidado desafia a própria ética a um completo repensar sobre si mesma, pois sua história se construiu, basicamente, sobre a ideia de que a lógica da razão bastava para o equacionamento moral. É preciso coragem para aceitar que sentimentos, emoções e outras circunstâncias da realidade, inerentes aos relacionamentos humanos, podem ser incluídos na tomada de decisão ética sem prejuízo à clareza e à racionalidade do juízo moral. Ao contrário, este ganha: assume caráter de deliberação prudencial que cultiva a mútua atenção cordial e se amplia para além de julgamentos que correm o risco de ser culpabilizadores e moralizantes.

Na saúde, os pacientes chegam vulneráveis aos profissionais e serviços dessa área por conta de sua doença e sofrimento, e alcançá-los na condição em que estão por meio das relações humanas verdadeiramente construídas pode ser a maneira de mostrar-lhes respeito, apreço, atenção e CUIDADO.

 

* Enfermeira, mestre em Bioética, doutora em Saúde Pública, pós-doutora em Bioética. Professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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Elma Zoboli