Publicado em março-abril de 2010 - ano 51 - número 271 - (pp. 21-25)
Economia: uma tarefa espiritual para as comunidades cristãs
Por Jung Mo Sung
O que faz uma pessoa quando se sente deprimida, “menos gente” ou meio perdida na correria do dia a dia? Em outras épocas, ela provavelmente — mesmo que não fosse muito religiosa — iria a uma igreja para rezar ou seria orientada por alguém a fazer isso. Na oração, na meditação ou em algum ritual dentro do lugar sagrado, ia aos poucos recuperar o senso de dignidade, autoestima e força. Assim, recuperava a sua “humanidade” desgastada na correria do dia a dia e ia se sentir mais forte, mais pura e mais digna. Por isso, os estudiosos das religiões dizem que o lugar sagrado é o lugar aonde as pessoas religiosas vão para, no encontro com a pureza e a força do sagrado ou de Deus, purificar-se e recuperar a força para continuar a luta pela vida. Nas orações e rituais, o sentido da vida é recuperado ou fortalecido e a pessoa passa a olhar o futuro de modo mais esperançoso.
Hoje em dia, a história seria diferente para a maioria das pessoas da nossa sociedade. Se uma delas morasse em cidades grandes ou médias, a sugestão mais ouvida seria: “Vá ao shopping fazer compra!” ou: Vá ao shopping ver vitrines, tomar um ar!”. É como se o “ar” do shopping fosse especial, assim como era o ar das igrejas e catedrais no passado. Em cidades sem shoppings, a sugestão seria visitar a rua comercial. E o shopping center não é nada mais do que um centro comercial. Ou não? O que há nas vitrines e nas mercadorias por nós desejadas que fazem as pessoas se sentir com maior autoestima e libertar-se, mesmo que momentaneamente, da sensação de ser “menos gente”, de estar mal consigo mesmas?
Imaginemos outra cena para vermos melhor a profunda mudança cultural ocorrida no Brasil nos últimos 40 anos. Uma moça entra feliz em casa e diz à mãe: “Mãe, encontrei o amor da minha vida!” Nos tempos passados, a mãe perguntaria: “Ele é um bom rapaz, vai à igreja?”. Hoje, a pergunta poderia ser: “Ele ganha bem? Que carro ele tem?”.
Esses dois exemplos do cotidiano nos mostram que algo de profundo e, de certo modo, misterioso aconteceu nas nossas vidas. As igrejas deixaram de ser o lugar de referência para a humanização, e a pertença a uma religião deixou de ser critério importante para julgar o caráter de uma pessoa. Igreja e religião foram substituídas pelos shoppings (lugares aonde as pessoas vão para fazer compras, conhecer pessoas e se sentir “mais gente”) e pelo valor econômico dos ganhos e posses.
Com essa constatação, não estou propondo que simplesmente retornemos ao passado ou que a pertença a uma religião (de preferência a nossa) seja novamente considerada o único fator fundamental no julgamento do caráter ou da personalidade de uma pessoa. Quero apenas chamar a atenção para fatos que muitos já perceberam no cotidiano, mas nem sempre compreendem bem o que está por trás dessas mudanças aparentemente sem muito significado. No fundo dessas mudanças culturais mais superficiais está ocorrendo algo de mais sério e grandioso: o deslocamento da fonte de espiritualidade na nossa sociedade, da religião para a economia, ou melhor, para o mercado.
O leitor pode estranhar a ideia de que o mercado está se tornando a principal fonte de espiritualidade na nossa sociedade e se perguntar: “A espiritualidade não é um tema da religião? O que a economia tem que ver com a espiritualidade?” Esse é o assunto que quero abordar neste artigo.
Muitos cristãos pensam que a religião não tem nada que ver com economia, pois a primeira trataria das questões espirituais, enquanto a segunda discutiria as questões materiais. Assim, reduzem a vida cristã a um cumprimento das leis morais reduzidas ao campo individual (geralmente sexual) e à participação em cultos e rituais religiosos. O outro lado da moeda dessa visão da vida cristã é o desenvolvimento ou a justificação da insensibilidade ante os sofrimentos das pessoas pobres e socialmente excluídas ou marginalizadas. Ou pelo menos a incapacidade de articular a fé com as grandes questões sociais do nosso tempo.
Por outro lado, há muitos que sustentam que as Igrejas devem também discutir as questões econômicas porque devem lutar pela justiça social ou assumir a sua responsabilidade diante de um mundo marcado pela exclusão social, pela pobreza e por injustiças. Assim, reproduzem discursos econômicos críticos ao lado do discurso religioso. Mas muitas vezes esses dois discursos correm paralelamente, sem se articularem de modo orgânico, ou se tornam dois momentos distintos. Por exemplo, no momento do “ver” se fazem críticas à situação de pobreza e à lógica de acumulação do capital que dirige a economia globalizada, utilizando dados e teorias econômicas; e depois, no momento do “julgar”, faz-se uso de textos bíblicos e/ou do ensinamento social da Igreja para dizer que devemos lutar pela justiça social e em favor dos pobres, mas sem incorporar de modo articulado o que foi visto no “ver”.
O que quero propor aqui é uma reflexão que vá além da questão da justiça social e discuta o caráter espiritual da atual economia capitalista. Isto é, os cristãos e as Igrejas devem discutir as questões econômicas do mundo de hoje não somente por causa da justiça social ou da responsabilidade social das Igrejas, mas porque, no fundo, estamos lidando com uma questão espiritual.
1. Espiritualidade e economia
A visão dominante na sociedade reduz a espiritualidade às questões do “invisível” ou do sobrenatural que se oporiam às questões materiais. Assim sendo, a espiritualidade seria algo que somente pessoas crentes ou religiosas viveriam. Sem romper com essa visão equivocada não é possível entender a dimensão espiritual da economia contemporânea. Precisamos entender que a espiritualidade é uma característica da vida do ser humano, e não algo restrito às pessoas religiosas e ao campo religioso.
Para tanto, quero trazer aqui o pensamento de dois autores de campos de conhecimento bem diferentes. O primeiro é Antonio Damásio, um neurocientista que tem estudado, entre diversos assuntos, a relação entre o cérebro, a consciência e a ética. Ele vincula a noção de espiritual a uma experiência de harmonia do eu e diz que ter “uma experiência espiritual consiste em ter a experiência de sentimentos de alegria, geralmente serena”, a qual nutre o ser humano e está associada ao desejo de agir, em relação aos outros, com generosidade e amabilidade. As experiências espirituais podem ser evocadas por meio de rituais diversos, no contexto da religião, mas, para ele, “as experiências espirituais podem ser produzidas em outros contextos e por outras causas”.[1]
Para Leonardo Boff, uma visão mais holística do ser humano “nos propicia uma visão mais integrada da espiritualidade. Esta, antes de ser uma expressão das religiões ou dos caminhos espirituais instituídos, é uma dimensão de todo ser humano”.[2] E essa dimensão tem que ver também com a capacidade de todo ser humano de captar o que está além das aparências, o outro lado das coisas, sua profundidade. “As coisas todas não são apenas coisas. São símbolos e metáforas de outra realidade que está sempre além e que nos remete a um nível cada vez mais profundo. Assim, a montanha não é apenas montanha. Ela traduz o que significa a majestade. O mar, a grandiosidade. O céu estrelado, a infinitude. Os olhos profundos de uma criança, o mistério da vida humana.”[3] No fundo, a espiritualidade consiste em “colocar as questões fundamentais e captar a profundidade do mundo, de si mesmo e de cada coisa”[4].
Citei aqui um neurocientista e um teólogo para mostrar que a espiritualidade faz parte da nossa condição humana e não está restrita ao campo religioso. O desafio nosso aqui é compreender o que as pessoas veem na mercadoria que está além da própria mercadoria. É claro que, quando falamos de espiritualidade e mercadoria, não estamos tratando de mercadorias em geral nem muito menos de coisas tais como lata de óleo ou pacote de sal. Estamos falando de mercadorias de grife, que são objeto de desejo e prometem muito mais do que a simples utilidade do objeto. Tomemos como exemplo uma bolsa Louis Vuitton, que chega a custar mais de 5 mil reais. O que faz alguém pagar tanto para comprar uma bolsa de mão para carregar chaves, celular, batom etc.? O segredo não está na sua utilidade, mas na marca, que fará a mulher que a carrega ser invejada e vista como “poderosa”. Ou, então, um Ferrari que custa um milhão de reais? Nenhuma pessoa, em sã consciência, pagaria tanto por um carro; mas Ferrari não é um carro, é Ferrari! Ou seja, ele tem e é algo a mais.
Essa lógica também vale para outras mercadorias não tão caras, como celulares cobiçados, tênis sofisticados, desejados por pessoas que não fazem esportes nem longas caminhadas, e tantos outros objetos de desejo que nos tentam a todo momento e em todos os lugares. Pessoas que as conseguem antes das outras são admiradas, invejadas ou simplesmente vistas como gente que possui o “ser”. Em outras palavras, as mercadorias de grife são vistas como fonte do “ser” que as pessoas almejam.
Assim, à medida que todas as pessoas desejam, pela própria condição humana, o “ser”, as que ainda não conseguiram comprar também sentem a necessidade de ter essas mesmas mercadorias. Não é uma necessidade básica para a sobrevivência, mas necessidade que surge do desejo de ser visto e aceito pela sociedade como possuidor do “ser”. Em uma cultura como a nossa, fundada no consumo, ser consumidor se tornou sinônimo de ser pessoa. O valor e a dignidade das pessoas são medidos por sua capacidade de consumo. É por isso que os pobres, que não conseguem comprar esses objetos de desejo, com toda a sua aura de mistério e encanto, são considerados não pessoas, pessoas impuras, aqueles que falharam na sua vocação de ser pessoas humanas. Isso nos ajuda a compreender por que as pessoas, quando se sentem “impuras”, “menos gente”, vão aos shoppings fazer compras ou pelo menos contemplar as vitrines para tentar recuperar a sua humanidade perdida ou desgastada.
Karl Marx, um dos primeiros estudiosos críticos do capitalismo, já tinha percebido a dimensão misteriosa da mercadoria nesse sistema, a qual está além da sua materialidade e utilidade. Ele pondera que, à primeira vista, a mercadoria parece uma coisa trivial, evidente, porém, se analisamos com cuidado dentro das relações sociais no capitalismo, “vê-se que ela é uma coisa muito complicada, cheia de sutileza metafísica e manhas teológicas”. Quando analisamos e valoramos a sua utilidade (o valor de uso), não há nada de misterioso no produto, mas, quando o vemos dentro das relações de mercado no capitalismo, a mercadoria “se transforma numa coisa fisicamente metafísica”. Por isso, ele conclui dizendo que “o caráter místico da mercadoria não provém, portanto, de seu valor de uso”.[5]
Na verdade, Marx não é o primeiro a revelar o caráter místico das mercadorias e a dimensão espiritual-religiosa da economia. Antes dele, o próprio Jesus tinha percebido esse caráter espiritual da economia e ensinou: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24c). Essa frase, lema da Campanha da Fraternidade de 2010, revela que algo de misterioso e perverso aconteceu na relação entre os seres humanos e o dinheiro. Dinheiro é um instrumento criado por seres humanos para facilitar as trocas de produtos e também para servir de meio para guardar riquezas para gastos futuros. Entretanto, aos poucos, deixou de ser simples instrumento em função da vida humana e social e foi sendo posto acima da vida humana, a ponto de ser adorado no mesmo nível de Deus. Por isso, Jesus emite uma sentença disjuntiva: devemos escolher entre servir a Deus e servir ao dinheiro.
E como o dinheiro passou a ser visto como possível rival de Deus? Ocorre que a experiência do poder proporcionada às pessoas pelo dinheiro pode levá-las a desejar a acumulação “infinita” de riqueza, que permitiria comprar todas as coisas e assim adquirir o ser em plenitude infinita. É a ilusão de que nós podemos “ter” o “ser”, e ter o “ser infinito” — uma qualidade que pertence a Deus. Uma forma de idolatria.
Nós, seres humanos, somos seres finitos que desejamos ser de modo infinito. A tradição bíblica nos ensina, porém, que o único ser infinito é Deus e que só podemos vivenciar essa infinitude, em nossa condição de seres finitos, no amor ao próximo. Pois, quando nos amamos uns aos outros, Deus, o ser infinito, se faz presente no meio de nós.
Há assim, diante de nós, dois caminhos: servir a Deus, no amor ao próximo; ou servir ao dinheiro, buscando a acumulação infinita e o “ser” na compra de mercadorias. Nesse sentido, espiritualidade não é uma questão meramente do campo religioso, mas ocorre também no interior da economia e no cotidiano marcado pelos desejos de consumo de bens que são “encantados” pelas propagandas, pelas mídias e pelo marketing (e até por muitos programas religiosos que aparecem nas TVs) como fontes da nossa humanidade.[6] Por isso, o tema da CF de 2010, economia e vida, não pode ser visto somente como uma questão de ensino social ou de ética social, mas deve ser assumido como parte fundamental da missão das Igrejas cristãs no mundo de hoje: o discernimento e a vivência de uma espiritualidade realmente cristã e humanizadora.
2. Espiritualidade de consumo e capitalismo global
O apóstolo Paulo nos ensinou que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Mas, nas sociedades capitalistas, muitas das quais se autoproclamam sociedades cristãs, ocorreu uma inversão: o amor ao dinheiro é considerado a raiz de todas as virtudes. Essa inversão, a redução do ser humano à condição de consumidor e o cálculo da dignidade de uma pessoa por sua capacidade de consumo — três erros que pervertem estruturalmente a nossa cultura — não são resultado somente de mudanças na esfera da “consciência social”, mas também da estrutura e lógica econômicas do capitalismo.
O sistema capitalista, como todo sistema social, articula o âmbito da cultura e da economia. Não temos, neste artigo, espaço suficiente para desenvolver um argumento mais longo para explicar a forma concreta pela qual isso se dá. Por isso, vamos citar uma descrição sintética do espírito do capitalismo feita por um autor clássico defensor desse sistema. Max Weber, no seu livro A ética protestante e o espírito do capitalismo, diz que, no capitalismo,
o homem é dominado pela produção de dinheiro, pela aquisição encarada como finalidade última da sua vida. A aquisição econômica não mais está subordinada ao homem como meio de satisfazer suas necessidades materiais. Esta inversão do que poderíamos chamar de relação natural, tão irracional de um ponto de vista ingênuo, é evidentemente um princípio orientador do capitalismo, tão seguramente quanto ela é estranha a todos os povos fora da influência capitalista.[7]
Ele chega a dizer que esse objetivo de ganhar dinheiro sem fim — transformando as vidas humanas em um instrumento desse objetivo — se tornou algo transcendental.
Além desse espírito, o capitalismo se caracteriza pelo fato de que os principais agentes de produção e distribuição de bens econômicos são empresas privadas que operam no mercado livre, sem muitas regulações ou controle por parte do Estado e da sociedade civil. A finalidade última dessas empresas, por mais que digam que seja “servir” a sociedade, é ter o máximo de lucro possível. Para isso, estão sempre em busca da redução dos custos de produção (pagando o menor salário possível, diminuindo os direitos trabalhistas, explorando a natureza sem querer arcar com os custos da preservação e recuperação do meio ambiente, pressionando para que se diminuam os impostos etc.) e do aumento da venda dos seus produtos em todo o mundo. Para aumentar as vendas, é preciso ampliar o mercado consumidor para o mundo inteiro, criar um mercado consumidor global, e assim usam técnicas extremamente sofisticadas de marketing para convencer pessoas de culturas mais diferentes a desejar os mesmos tipos de produtos, a acreditar que sem eles serão “menos gente”, mais infelizes.
Dessa forma, as pessoas do mundo inteiro sentem necessidade íntima de comprar as mesmas mercadorias produzidas por empresas transnacionais. Necessidade essa que nasce da assimilação da cultura/espiritualidade capitalista, segundo a qual uma pessoa vale pela sua capacidade de consumo de mercadorias de grife. E, à medida que essa espiritualidade é assimilada por cada vez mais pessoas e povos, os problemas de pessoas pobres são vistos como não importantes na agenda do Estado e da sociedade, porque são problemas de pessoas de segunda categoria ou de “não pessoas”.
O capitalismo não é uma estrutura de pecado (cf. João Paulo II) somente porque produz injustiças e exclusões sociais, mas também porque desumaniza as pessoas (pobres e ricas), à medida que tem como fonte de seu dinamismo e propaga uma espiritualidade errônea e perversa: buscar a realização da vocação humana e o encontro com Deus na acumulação de riqueza, na capacidade de consumo e, com isso, na negação da dignidade humana das pessoas pobres.
A superação do capitalismo como conhecemos hoje não será tarefa fácil nem rápida. Mas é preciso que cada pessoa que se assume como cristã e cada comunidade entrem nessa luta. Um aspecto fundamental dessa missão é o espiritual: viver publicamente a espiritualidade que professa a fé em um Deus-Amor, o qual não faz distinção entre pessoas (cf. At 10,34), pois ama gratuitamente a todas e reconhece em cada uma a dignidade humana fundamental. Assim, viver uma espiritualidade que busca a fonte da humanização não nas mercadorias, mas no encontro solidário e amoroso com as pessoas que necessitam de apoio e auxílio. Uma espiritualidade que percebe que a presença de Deus se manifesta no meio de nós quando amamos o nosso próximo e, por isso, somos solidários com os mais necessitados (cf. 1Jo 4,12).
Isso significa operar em nós e na sociedade profunda conversão, uma mudança no nosso desejo mais profundo: não mais o de acumular riquezas e ostentar o consumo (mesmo que sejam de mercadorias religiosas), mas o de viver em uma sociedade justa e solidária. Essa conversão pessoal e comunitária precisa também ter impacto na sociedade, e para isso precisamos agir para que os direitos a uma vida digna e as necessidades dos pobres sejam satisfeitos e garantidos por meio de ações e novas estruturas econômicas, sociais e políticas. O caminho concreto dessas mudanças na esfera econômica, social e política é matéria de discussão e prática. Não há apenas um caminho nem uma resposta definitiva e certa. Mas uma coisa é incontestável: diante da atual economia globalizada, com a sua espiritualidade de consumo, as Igrejas e comunidades cristãs têm uma tarefa espiritual da qual não devem desviar.
[1] Antonio Damásio. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, pp. 297-298.
[2] Leonardo Boff. Crise: oportunidade de crescimento. Campinas: Verus, 2002, p. 53.
[3] Ibidem, p. 55.
[4] Ibidem, p. 56.
[5] Karl Marx. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1985, v. 1, p. 70.
[6] Para aprofundar essa questão, cf. p. ex. Jung Mo Sung. Educar para reencantar a vida. Petrópolis: Vozes, 2007.
[7] Max Weber. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 3ª ed. São Paulo: Pioneira, 1983, p. 33.
Jung Mo Sung